Próximo ao Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro), o neurologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP), Dr. Nilson Bandeira, relembra o provérbio latino "mens sana in corpo sano" – ou mente sã, corpo são em português – e ressalta que "o organismo é uma junção de partes que o torna único". Portanto, os cuidados para o equilíbrio do corpo e da mente são praticamente os mesmos.
"A fórmula geral envolve uma alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos, o controle do estresse e da ansiedade, como também consultas de rotina com o médico de confiança", pontua. Já em termos de patologias mentais, o especialista esclarece que existem as que acometem a psique (alma, ego, mente e espírito) e outras que atingem o cérebro (neurológicas). Fazem parte desse nicho as doenças psicóticas, que já são um pouco mais sérias, podendo gerar alucinações e delírios. Para tratamento de ambos os casos é necessário um tripé: equipe médica multiprofissional; interação medicamentosa e determinação do paciente.
"O ideal é que as pessoas procurem a rede assistencial de saúde ao primeiro sintoma de qualquer doença ou transtorno, pois só o especialista é capaz de fechar um diagnóstico. Depois disso, entra o trabalho de uma equipe multidisciplinar, medicamentos – quando for o caso – e a contrapartida do paciente, que passa primeiro pela aceitação da doença. Os problemas mentais devem ser livres de preconceitos e merecem total atenção", alerta.
De acordo com o especialista, entre as doenças da psique mais comuns estão as depressões, crises de ansiedade, síndrome do pânico, depressão pós-parto e transtorno obsessivo compulsivo. Já as neurológicas mais frequentes no ambulatório são epilepsia, cefaleia, enxaqueca, distúrbios do sono e o Alzheimer. As doenças mentais também podem ser secundárias, ou seja, oriundas de outra patologia.
Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Homens e mulheres podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida. Portanto, "é importante que as pessoas estejam bem consigo e com os outros, saibam lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis, reconheçam seus limites e busquem ajuda quando necessário", orienta Dr. Nilson.
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