Com um peixamento simbólico à margem esquerda do rio São Francisco, no projeto público de irrigação de Bebedouro, zona rural de Petrolina (PE), a 3ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) marcou a passagem de 515 anos de descoberta do rio São Francisco – feito atribuído aos navegadores Américo Vespúcio, genovês, e André Gonçalves, português, em 4 de outubro de 1501.
Foram 40 mil alevinos de piau e curimatã produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro - unidade gerida pela Codevasf -, soltos pelo superintendente regional da Companhia em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro, mais uma equipe de técnicos e analistas que executam as ações socioambientais, de irrigação e de desenvolvimento territorial.
"Ao acordar na manhã de hoje, minha primeira ação foi agradecer ao santo protetor São Francisco. São 30 anos trabalhando nas águas do rio São Francisco, e uma vida dedicada à causa do meio ambiente", disse, emocionado, o pescador Raimundo Luiz, que participou do ato simbólico da Codevasf.
"Este peixamento tem uma importância histórica, econômica e social, e vai contribuir para um olhar mais atento aos cuidados que todos devem ter com o rio São Francisco", destacou o engenheiro de pesca, Rozzanno Figueiredo, chefe do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro.
O rio São Francisco banha pela margem esquerda o estado de Pernambuco desde o município de Petrolina até o município de Jatobá e Taracatu, onde o rio Moxotó separa aquele estado do de Alagoas, região de influência da barragem de Itaparica. Os principais afluentes na porção pernambucana do rio são Pontal, Garças, Brígida, Terra Nova, Pajeú e Moxotó. Sua extensão no estado é de cerca de 472 km.
"Os peixamentos visam não apenas à revitalização do rio, mas também à sustentabilidade da atividade pesqueira com o aumento da abundância de peixes e a diminuição da pressão do esforço de pesca sobre algumas espécies mais visadas, além de adicionalmente possibilitar a recuperação de espécies de peixes em processo de extinção", destaca o Diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, Inaldo Guerra.
"Os peixamentos também são uma importante forma de divulgar conceitos de educação ambiental com foco nos recursos pesqueiros e ictiofauna da bacia do São Francisco", aponta.
Os centros integrados são considerados referência no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias de reprodução, larvicultura e alevinagem de espécies nativas do rio.
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