Na manhã desta terça-feira (4), a Polícia Federal (PF) realiza a Operação Hidra de Lerna. São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão na Bahia, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. Em Salvador, policiais federais estiveram na sede da Propeg, localizada na Avenida Sete de Setembro, no bairro da Barra, na sede do PT, no Rio Vermelho, da OAS, e em um apartamento no edifício Margarida Costa Pinto, no Corredor da Vitória.
A PF investiga um grupo criminoso responsável tanto pela possível prática de financiamento ilegal de campanhas políticas na Bahia quanto por esquemas de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. Ainda segundo a polícia, os mandados, em razão do foro por prerrogativa de função de investigados, foram todos deferidos pela Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça.
Segundo a polícia, a Operação Hidra de Lerna, que deriva de três colaborações de investigados na Operação Acrônimo, tem como origem dois novos inquéritos em tramitação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) cuja distribuição entre os ministros da corte ocorreu de forma automática.
Em uma das linhas de investigação, a suspeita da PF é que os esquemas investigados realizassem triangulações com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais, para isto a empreiteira sob investigação contratava de maneira fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de campanhas políticas, remunerando serviços prestados a partidos políticos e não à empresa do ramo de construção civil. Em outra direção a PF pretende investigar a ocorrência de fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades.
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