O que era uma Puxada do 65 virou carnaval antecipado, ocupando todas as ruas da Vila Santana, das quadras 12, 16 e 17. Ao som do jingle e de mais de duas dezenas de músicas, produzidas e reproduzidas em dezenas de carros e paredões, sempre se referindo à Marcos Palmeira, à vitória e à liberdade, além de outras sarcásticas e satíricas; como da do Coronel Saruê, sucesso absoluto entre a militância.
No palanque a seriedade das propostas não contrasta com a alegria das ruas: Mais escolas, mais creches e a hora e a vez do agricultor, do pescador e do apicultor. O Deputado Zó (PC do B), se entusiasma: “Hoje a festa comprova que no dia 02 de outubro a vitória é de Marcos Palmeira e de Flávio da UNIFAN”. Os vereadores falam. Gente do povo, saudada com os vivas da militância e as bandeiras agitadas. Os fogos fazem o contraponto e a alegria contagia. Flávio da UNIFAN, comedido e calmo entra no ritmo e faz coro “Povo Livre, Povo Livre! ”
Marcos Palmeira é o último a falar e começa com sua saudação habitual: “Guerreiras e guerreiros do meia cinco” e é interrompido por cinco minutos pelos gritos, apitos, palmas de uma multidão que sente a vitória “que ninguém tira, ninguém toma”. Desde lá longe, no final do quarteirão, duzentos metros distante do palanque, o mesmo grito repetido, a mesma alegria, o mesmo carnaval: “Marcos Palmeira vem aí! ”
Cedo ainda da noite, o palanque silencia. Só o palanque. Milhares saem caminhando, de volta às casas, ainda dançando, agitando bandeiras, motos e carros apitando, os bares se enchendo de gente alegre, que se abraça e canta e esticam a festa até madrugada. Já é carnaval e para a vitória só faltam 15 dias.
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