Preocupado com a atual situação do rio São Francisco, que tende a piorar, e comprometer a produção de energia elétrica pela Chesf e incentivar o governo do Estado a investir em projetos que proporcionem a produção de energia alternativa, o deputado Euclides Fernandes (PSL) apresentou Indicação ao governador Rui Costa sugerindo a instalação de placas solares nos terraços dos edifícios onde estão instaladas as repartições governamentais no Centro Administrativo da Bahia.
O governo do Estado já tem uma experiência positiva com a instalação das placas solares no Estádio de Pituaçu que tem proporcionado uma tremenda economia, pois a energia produzida no Estádio está sendo utilizada para atender as necessidades do prédio da Secretaria de Administração, reduzindo a conta média mensal de R$13 mil para apenas R$850.
– Se o Estádio de Pituaçu figura como o primeiro da América Latina a utilizar o sistema de iluminação solar, por que não colocar o todo o Centro Administrativo neste patamar? Questionou o deputado, lembrando, ainda, que o governo do Estado assinou nesta semana dois protocolos visando a implantação de uma usina de energia solar no município de Tabocas do Brejo Velho, no oeste da Bahia, e instalação de uma indústria no município de Camaçari para a fabricação de placas geradoras de energia solar. Colocando a Bahia na liderança neste segmento de geração de energia solar. A instalação de placa de geração energia solar nos terraços dos prédios instalados no Centro Administrativo poderá colocar o governo do Estado na condição de fornecedor de energia e não mais consumidor, o que poderá em futuro próximo representar uma grande economia orçamentária.
Em outra argumentação o deputado Euclides Fernandes vislumbra a possibilidade dessa proposta vir a ser seguida pelos demais Estados nordestinos que têm como principal fornecedora da energia elétrica as hidrelétricas instaladas no rio São Francisco. O que instituirá a geração de energia por outros meios que não o hidrelétrico e a um custo operacional muito mais compatível.
– A falta de consciência e a ganância de algumas pessoas está levando o rio São Francisco à morte de forma lenta e progressiva, o assoreamento vem provocando a redução no volume de água, comprometendo o fluxo das correntes, a navegabilidade e pondo em risco a geração de energia elétrica. Alguns trechos já não comportam o sistema hidroviário, até mesmo a travessia Petrolina/Juazeiro já exige cuidados, tendo a marinha emitido frequentes alertas para as embarcações maiores. Para melhorar essa situação é preciso conscientização do homem que busca o lucro em suas margens para que os lixos domésticos e industriais não sejam jogados no rio. E paralelamente é preciso a ação dos governos com projetos de manutenção e que realizem o desassoreamento e a proteção das matas ciliares.
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