A força-tarefa da Operação Lava Jato estima mais dois anos de atuação das investigações. As 170 prisões decretadas até então e o acúmulo de informações nesse período de operação são suficientes para produzir denúncias à Justiça até 2018, de acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima. “Uma etapa é investigar, outra é transformar em denúncia e apresentar à Justiça. E a quantidade de denúncias que temos a fazer é grande”, declarou ao Globo. De acordo com o procuradoro, a denúncia sobre o cartel formado pelas maiores empreiteiras ainda não foi feita à Justiça e seus executivos respondem apenas por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. As empresas de pequeno porte envolvidas no esquema também não foram denunciadas, nem seus representantes. A força-tarefa pretende estender a investigação da corrupção em outros órgãos e ministérios do governo, já que novos acordos de delação premiada podem abrir novas frentes de investigação.
Já foram identificadas irregularidades na Eletronuclear, no Ministério do Planejamento e nas obras da usina de Belo Monte, envolvendo subsidiárias da Eletrobras. Os Fundos administrados pela Caixa estão sendo investigados. Entre as delações negociadas estão a do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que deve depor ao juiz Sergio Moro na próxima terça-feira (13). Um dos assuntos deve ser a ação sobre a CPMI da Petrobras, em que o principal acusado é o ex-senador Gim Argello, por ter negociado R$ 5 milhões por empreiteira para que seus executivos não fossem prestar depoimento no Congresso.
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