Há algo estranho com o organizador da maior quadrilha de assalto aos cofres públicos no Brasil, o capo de todos os petistas. É mesmo uma velha suspeita de que algo não vai bem com o PT, mas, recentemente, ela se impõe ao observador com uma estranheza intensificada. No evento em Santo André (SP), semana passada, o Lula fez um discurso onde disse que a Olimpíada do Rio não teria ocorrido se não fosse por ele. Imagine se este sujeito fosse o presidente da Bolívia se ele teria levado esse evento pra lá. Quer se colocar em importância acima do Brasil (que falta humildade!).
Talvez por ordem expressa dos seus guias intelectuais, que o ver abatido politicamente, é preciso inflar o seu ego com essa paranoia de que é estadista. Só isso já é inquietante. Seu espírito rico em besteirol sempre teve tantas bravatas a comunicar ao povo brasileiro, que por um bom tempo os enganou e atendeu aos interesses de sanguessugas da América Latina (leia-se Cuba, Bolivia e Venezuela, principalmente). E agora? - anda fazendo discurso até em porta de cemitério – mísero discurso não apenas no sentido de repercussão, mas também no sentido da carência de conteúdo. Será que ele queria “oferecer a prova”, em vez de “provar”, de que se pode apresentar o vazio intelectual tão bem quanto os seus asseclas no discurso de que o impeachment é golpe? Mas essa é a explicação satisfatória que eles têm. Podia-se perceber no discurso a falta de vontade de falar sobre as acusações dos diversos crimes perpetrados nos últimos 13 anos por esse partido.
Também se percebia que ele só o fez porque, depois de meses de depressivo silencio, parecia necessário um sinal de vida do mais alto cardeal da macaracutaia, justo agora quando a casa vai ruir de vez. Contaram sempre com a suposta fraqueza e o abatimento das instituições, muitas delas, não todas, com membros corrompidos. Imaginaram que viveriam à custa delas e se tornariam mestres e senhores de todos os brasileiros. Há algo mais desprezível do que essa gritaria de golpe quando todos sabem que o que estava em curso era o aparelhamento do Estado?
A crise que se iniciava em 2008, dizia ele se tratar apenas de uma marolinha, e tudo, certamente, haveria para se opor a esse ponto de vista puramente irresponsável, mas a classe política engessada num modelo de coalizão politica nefasta e cruel, não reagiu. E piorou tanto que chegamos ao fundo do poço. Por isso o impeachment é a solução que temos, é traumático, mas vale a pena. O sentimento nítido de que, seja como for, ninguém mais dá ouvidos a essa corja e nos dispensa de fazer objeções, e ter de ouvir a concisão enfadonha e a fraqueza mecânica do discurso dessa gente. A nação brasileira já ultrapassou o PT e seus aliados vermelhos, as palavras que têm eco e que são ouvidas porque preparam o país e o povo para a saída da crise, vêm da Lava a Jato. E é bom saber que a esquerda festiva e irresponsável não conta mais com a colaboração do povo brasileiro em todos os rincões, e que seu projeto está enterrado, embora ainda tentem espernear no ultimo suspiro.
Antonio Fonseca Fraga – Economista – é presidente do PV/Juazeiro.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.