ARTIGO - TREMENDA REPUGNA, INDIGNAÇÃO E REVOLTA COM A INJUSTIÇA!

29 de Aug / 2016 às 23h00 | Espaço do Leitor

O processo de “impeachment” da presidenta Dilma Rousseff do PT, tratado pelo advogado Dr. José Eduardo Cardoso, muitos deputados federais, senadores e juristas como golpe, divide opiniões e ideologias nas duas Casas Legislativas Federais, assim como, entre a população, inclusive, nas manifestações de rua, já realizada.

Tenho acompanhado bastante essa discussão: ouvindo políticos; juízes; militantes sociais; artistas, intelectuais, acadêmicos, mídia internacional, e, não tenho hoje, qualquer sombra de dúvida, de que se trata de um golpe de estado!... Tenho certeza que a presidenta Dilma Rousseff está sendo injustiçada, por uma elite política que representa aos interesses da chamada burguesia!

A natureza ideológica dos grupos econômicos, da elite política social de hoje, que comanda e estão por trás do GOLPE, é a mesma dos que representaram o Golpe Militar de 1964!... O que diferencia é a distinção de tempo o a forma em que se deu em 64 e está se dando nesse momento, com o apelido de “impeachment”!

Quando a direita se relaciona com as suas adversidades de forma golpista, autoritária, antidemocrática, estimula o surgimento da disputa do Poder Político Institucional, através da luta armada, assim como na Colômbia, onde representantes do Governo e das FARC – Força Armada Revolucionária da Colômbia, que estão, nesse momento, propondo abandonar as armas, e normalizar a disputa eleitoral democrática, depois de 50 anos de conflito, com mais de 200 mil pessoas assassinadas, por ambas as partes: (“As negociações estão ocorrendo em Havana desde 2012. Juan Manuel Santos, presidente colombiano, já esteve na capital cubana para o anúncio, durante o qual ficou lado a lado com Rodrigo Londoño Echeverri, o "Timochenko", o mais importante comandante das Farc.); “O acordo, lido pelo porta-voz do governo de Cuba, Rodolfo Benitez, prevê a criação de uma jurisdição especial para a paz, formada por magistrados colombianos e estrangeiros, para “acabar com a impunidade” e julgar crimes tanto de integrantes das Farc como do Exército do país”.

 Todos os terroristas do mundo, sem exceção, são crias da relação política capitalista de ideologia direitista, onde poucos de muito poder econômico e político, dita as regras injustas sobre a maioria do povo, formada de trabalhadores, homens e mulheres inseridas/os no processo produtivo, que buscam se organizar para lutar por direitistas sociais, serem agentes políticos de defesa do exercício da cidadania.

O respeitado advogado contrário ao impeachment disse no Programa Roda Viva da TV Cultura, na segunda-feira, 22 de agosto: “quando se rasga páginas da Constituição, não se consegue mais emendá-las”. O Brasil só não está assistindo luta de rua e chorando lágrimas de sangue, porque a natureza da militância social é ordeira, democrática e pacífica, pois, todas as mulheres, todos os homens, que se envolvem em qualquer processo legal de luta social, tem motivo para sentir-se provocada/o, nesse momento, salve-se a qualquer exceção.

Os meios de comunicação da ideologia deles, têm usado dois argumentos na analise da crise econômica brasileira: Com a Dilma Rousseff diziam que a crise era por incompetência dela; com Michel Teme, aí sim, afirmam que a crise é resultado dos efeitos negativos da economia mundial. Tudo isso dentro de um processo midiático de manipulação da sociedade, tratando personagens da justiça, da política de forma conveniente aos caprichos dos seus interesses ideológicos elitizados.

O meu estado de revolta e indignação é tão elevado pelo injusto e cruel tratamento que a direita brasileira impõe à companheira presidenta afastada Dilma Rousseff, que nenhuma outra pessoa, consegue sentir ou medir!... Digo isso com a autoridade de quem completará 60 anos em 09 de agosto de 2017, com uma vida absolutamente pauta na ordem, na paz, na verdade, na pacificidade e na honradez, e, na luta democrática  por direitos sociais e contra a corrupção!

Laurenço Aguiar – Militante Político de Esquerda.

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