Movimentos paralelos e silenciosos devem estar ocorrendo em Brasília, bem coordenados para buscar uma solução plausível para o que pode ser um verdadeiro terremoto no mundo político ao final da delação premiada, pela empreiteira Odebrecht, através de seu presidente, Marcelo Odebrecht, e seus cerca de 50 executivos. Provavelmente cerca de 200 deputados e cerca de 35 senadores terão suas vidas políticas devassadas, até porque vai ser incontrolável que o silêncio reine na imprensa em tempos em que a internet e as redes sociais reinam absolutas.
Os mesmos movimentos paralelos devem estar secretamente construindo muros caso se concretize antes do tempo político esperado a cassação do deputado federal, Eduardo Cunha, principalmente depois que o delator Júlio Camargo, ex-presidente da Toyo Setal, afirmou ao Supremo Tribunal Federal que ouviu daquele que o mesmo sustentava cerca de 200 deputados.
O primeiro foco desses movimentos para resolver os nós górdios deve ser Eduardo Cunha. Numa articulada teia de artimanhas políticas, estão a todo vapor utilizando as brechas legais do regimento interno da Câmara dos Deputados para procrastinar ao máximo a fatídica sessão que poderá livrar o Brasil da nefasta condição de Eduardo Cunha como deputado federal. Quem manda no assunto em relação a data é Rodrigo Maia (DEM/RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que anda se fazendo de ouvidos moucos, esperando calado que a Opinião Pública com ajuda do Jornalismo da Obediência esqueça também a importância de cassar Cunha, que ainda pode ficar calado como deputado no final da sala, lá prá bandas de novembro.
Para solucionar os problemas de deputados e senadores do listão da Odebrecht nada melhor do que trabalhar o conceito difuso dos termos que estão em moda no Brasil em tempos recentes. Ou seja, a idéia é fazer a distinção entre caixa-dois eleitoral e propina disfarçada de doação eleitoral. Se a mídia brasileira de novo convencer a Opinião Pública e ao povo, de que caixa-dois eleitoral não mais é crime, depois que propagou isso abertamente, e conseguir satanizar como osmose que as doações legais comprovadas na Justiça Eleitoral são resultados de propinas da Petrobrás e suas subsidiárias, então provavelmente os deputados e senadores por conta própria aprovarão suas anistias, enquanto que adversários do PT e aliados que se danem!
Desse modo, todos os políticos do listão da Odebrecht e do dossiê de Eduardo Cunha ficarão no capítulo do caixa-dois que provavelmente pode santificado, desconstruindo o conceito de crime maior para crime menor, consolidando assim os argumentos da anistia. E a propina como doação legal passará a ser crime de "lesa majestade", coisa que foi feita somente pelo PT e seus aliados próximos.
Os movimentos paralelos nos bastidores de Brasília pensam em salvar seus amigos na forma de metáfora, separando o joio do trigo. Do lado do trigo quem recebeu caixa-dois ficará impune via anistia que ninguém sabe ainda como deverá ser perpetrada no Congresso Nacional ou no STF, e do lado do joio ficarão todos aqueles que a partir da tese do domínio de fato receberam doações legais, mas que devem ter tomado um banho de "sabonete".
A pergunta que não quer calar: como esses deputados e senadores que querem anistia fez acordo (até agora) com 54 milhões de cidadãos brasileiros que votaram em Dilma Rousseff, e ninguém viu? É teste para cardíaco que acabem com a corrupção no Brasil com esses bêbados e discípulos de Tifon Baphomet?
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