Setor elétrico quer reduzir para 700m³/s a vazão do São Francisco

17 de Aug / 2016 às 16h30 | Variadas

A atual crise hídrica que atinge duramente a bacia do rio São Francisco pode ter um efeito ainda mais danoso para a sobrevivência do manancial. O sistema elétrico enviou ofício à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o pedido de redução da vazão do rio dos atuais 800 metros cúbicos por segundo (m³/s) para 700 m³/s. A medida atingiria diretamente os reservatórios de Sobradinho (BA) e Xingó (entre Alagoas e Sergipe)

O assunto será ainda discutido em reunião de avaliação dos efeitos da vazão reduzida no âmbito da bacia do São Francisco. O argumento do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é que há necessidade de garantir os usos múltiplos na bacia hidrográfica.

Apesar de a legislação estabelecer o limite mínimo da vazão, a defluência praticada vem sendo reduzida desde 2013. Na época, a vazão era de 1.300 m³/s e, desde então, vem sendo diminuída progressivamente, até o limite atual. Diante da possibilidade de nova redução, o prefeito do município de Pão de Açúcar, em Alagoas, Jorge Dantas, admitiu mobilizar os demais municípios do Baixo São Francisco e buscar apoio do governador alagoano, Renan Filho, e da bancada parlamentar federal, a fim de contribuir com o processo de preservação do rio.

Ascom/CBHSF

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