Na semana em que o Brasil conquistou medalha de ouro no Judô nas Olímpiadas do Rio de Janeiro 2016, o blog Geraldo José entrevistou, para a série de reportagens Esporte do Vale, o atleta e professor da organização social Judô Juazeiro, Aritano Alan Ferreira.
O judô superou todas as expectativas da torcida brasileira nos primeiros dias dos Jogos Olímpicos e tudo isso através do brilho da atleta carioca Rafaela Silva. “Todo o Brasil amanheceu de kimono um dia depois da vitória de Rafaela. Uma atleta que superou a derrota em 2012 na Olimpíada de Londres, superou preconceitos por ser mulher, por sua opção sexual e por ser negra. O judô é isso, é superação, é humildade. Essa medalha de ouro foi o auge de tudo. Eu como professor e atleta fiquei muito emocionado”, relatou Aritano.
A trajetória de Aritano com o judô começou ainda na sua adolescência, aos 16 anos. O judô naquele momento para o principiante lutador era apenas uma maneira de cuidar da forma física. Os anos foram passando e a cada faixa conquistada Aritano sentia um desejo maior pelo esporte. Quando em 2013 conquistou a faixa preta, Aritano enxergou o judô não somente como exercício físico, mas como uma atividade competitiva e social.
“A faixa preta abriu minha mente para o que era o judô. Hoje eu pratico judô pelo lado social, comecei trabalhando com jovens carentes no projeto Mandacaru. Hoje participo da organização social Judô Juazeiro que leva atletas da região para competir em outros locais”, contou o judoca.
Aritano já acumula um quadro histórico de medalhas e nesse ano já conquistou uma medalha de ouro, de prata e bronze nas seletivas do Campeonato Baiano de Judô. O atleta, em entrevista, também relembrou nomes de outros destaques do judô em Juazeiro como Clebernilton, Paulo Afonso, Alana Maira, Rafael Vieira, Bruno Murilo e Lucas Pontes, entre outros. “Hoje nós contamos com uma molecada que quer fazer bonito no judô”, disse.
Apesar das alegrias proporcionadas pelo esporte, Aritano contou que praticar o judô em Juazeiro ainda tem uma série de desafios e a principal delas é a falta de incentivos financeiros. “Nós temos massa humana, temos talento, temos grandes possibilidades, porém os incentivos financeiros ainda são poucos. Ainda faltam incentivos do governo e das empresas privadas”, frisou.
Mas, para o professor, é na dificuldade que propera a vontade de seguir em frente em busca de mais medalhas e vitórias. "O judô para mim é tudo. O judô além da parte competitiva, tem a parte filosófica. Não irei deixar de buscar incentivos e melhorias para o judô em Juazeiro", afirmou Aritano.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.