A proposta do Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) de concentrar o licenciamento ambiental realizado pelos municípios de Pernambuco fez com que, em Petrolina, os conselheiros da Unidade Regional do Sertão do São Francisco (URSF) da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE) se reunissem na tarde desta quarta-feira (27) para discutir o assunto. Com a estadualização, 14 cidades deixariam de definir o que é impacto ambiental nos seus limites.
A resolução passa a valer na próxima terça-feira (2). Além de Petrolina, municípios como Caruaru, Gravatá, Jaboatão, Olinda e Recife entrariam na lista dos afetados pela nova regra. Segundo o entendimento dos conselheiros da URSF, os impactos da estadualização vão de maior burocratização, falta de profissionais e de fiscalização técnica à diminuição das licenças ambientais para áreas que vem impulsionando a economia petrolinense, como a construção de conjuntos habitacionais, empreendimentos imobiliários, indústrias, comércios e serviços.
Na reunião, o diretor da unidade regional da FIEPE, Albânio do Nascimento, defendeu que a iniciativa do Consema deve ser revista e discutida. Ele também considera que o momento pede união dos setores impactados no município. “Sentimos que os empresários de Petrolina demonstram força para não serem pegos de surpresa com decisões como essa, que atrapalham o desenvolvimento da cidade”, diz.
Ainda no encontro, a diretoria da URSF/FIEPE entrou em contato com o secretário estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, para discutir as consequências que a mudança traz para os municípios que realizam o licenciamento. Para o titular da pasta, as novas regras não atingiriam Petrolina e convidou uma comitiva da Unidade Regional do Sertão do São Francisco para ir à Recife, na terça-feira (2), discutir melhor o tema.
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