O cinema nacional também tem filmes em cartaz no nosso cenário político. Aqui e acolá um deles empresta o enredo para uma produção política local. Confira os filmes em cartaz nos cinemas do Vale:
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL é originalmente um filme do baiano Glauber Rocha, mas entra em cartaz toda vez que tem eleição. O enredo se justifica na disputa por voto, onde todo mundo é “santo”, mas é capaz de fazer o “diabo” pra se eleger.
O PAGADOR DE PROMESSAS, filme de 1962, é um dos poucos que nunca sai de cartaz em tempos de eleição. Tem candidato repetindo as mesmas promessas e jurando que “agora é pra valer”. O ex-presidente Lula, por exemplo, voltou a região de Juazeiro e Petrolina e teve que passar na “ponte picolé”, resultado de uma promessa paga pela metade. Vamos rezar pra não pegar essa onda de meia promessa...
NOITE VAZIA é um filme nacional de 1964, mas aqui e acolá tem o título justificado nas reuniões convocadas por pré-candidatos a prefeito e vereador. Em que pese os apelos insistentes, tem pré-candidato falando pra plateias formada por dois ou três assessores, um ou dois bêbados chatos e quatro ou cinco gatos pingados da comunidade, com uma lista de pedidos.
TROPA DE ELITE é o título de filme que os políticos rejeitam em tempos de eleições. A grande maioria prefere invocar a origem pobre como atributo para a conquista de votos. É nesse tempo que todo mundo se iguala, por baixo. Pedro Alcântara, é o filho de Mariquinha, Joseph, filho do alfaiate, Isaac, de um modesto agricultor, Carlinhos Brandão veio da roça e tem candidato por ai jurando que cresceu vendo a mãe dividir um ovo pra quinze. Se pobre gostasse de pobre, não tinha pra ninguém...
O INVASOR, filme de 2002, está na tela política de muitos municípios da região do São Francisco. Tudo porque Isaac Carvalho, prefeito de Juazeiro, na tentativa de garantir espaço político para seus projetos futuros, tem feito incursões em municípios da região, apoiando pré-candidatos locais, contrariando outras lideranças. Em Curaçá a invasão por pouco não virou caso de polícia. Isaac e Péricles se estranharam na festa dos vaqueiros, dizem...
A HORA DA ESTRELA, filme nacional de 1985, não é mais cartaz de sucesso nas hostes da situação, em Juazeiro. O PT, pelo que se desenha, perdeu a vez no governo Isaac Carvalho e vê outras forças, mais próximas de garantir uma vice na chapa do PCdoB. Célia Regina, Irmão Francisco, Jojó e companheiros viraram atores de um cinema mudo.
O VIAJANTE, de 1999, é outro filme brasileiro que ganha destaque nas eleições municipais em Juazeiro. Foi assim na eleição passada, para prefeito, e se repete nesta. Nas redes sociais más línguas acusam Wank Medrado, PMDB, de viajar para o exterior enquanto o circo pega fogo. Só intrigas, garante o peemedebista.
BLÁ, BLÁ, BLÁ – O filme foi sucesso em 1968, mas nunca saiu de cartaz no cenário político. Em outros tempos a lição de convencimento era até fácil de ser aplicada, mas no cenário atual haja Blá Blá, Blá pra convencer eleitor ressabiado. Agora é assim: entra por um ouvido e sai por outro...
VAI QUE COLA – Mais de uma dezena de pré-candidatos a prefeito na região nunca receberam um voto sequer, não tem histórico de lutas, nem militância política, dinheiro pra campanha nem pensar, mas continuam acreditando no milagre da eleição. É o famoso Vai Que Cola, que virou filme de sucesso no cinema brasileiro.
MEU PASSADO ME CONDENA – Alguns pré-candidatos a prefeito(a) na região se tremem quando se anuncia uma lista de inelegíveis. As listas com os chamados “fichas sujas” ganham as redes sociais numa velocidade impressionante e viram motivo de debates e controvérsias. O tapetão deve ser a instancia para muitos garantirem registro. Ou não.
OS CARAS DE PAU- Tem pré-candidato a vereador na região que ainda não convenceu nem a mulher a votar nele e já garganteia que a “eleição tá garantida”. Pra os fofoqueiros de plantão muitos estão somente a espera de um candidato a prefeito abonado e sonhador, disposto a cair no “conto do vigário.” O que deve onerar o apoio é que muito pré-candidato a vereador quer mais que o santinho e tem resposta pronta: “Quem precisa de santinho, é defunto!”
A CASA DE MÃE JOANA – A oposição em Juazeiro não se entende e, em que pese às tentativas de unificação feitas pelo grupo “Somos todos, um”, por enquanto o grupo tá mais para “Somos todos, muitos”. Paulo José , Marcio Feitosa, Charles Leão e Dalmir Pedra, ainda não admitiram a possibilidade de composição, sem a cabeça de chapa. Os demais continuam aguardando que a providencia divina ilumine o caminho e mostre uma solução...
ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE – No PSB de Petrolina a briga por espaço não tem data para acabar. Toda eleição municipal é a mesma ladainha: Fernando Bezerra tira um candidato do colete e deixa os companheiros de legenda a ver navios. Odacir, que já havia participado como coadjuvante, pulou do barco, Gonzaga Patriota chia, mas não sai e Lucas Ramos, o mais novo ator do seriado, começa seu esperneio. Enquanto isso, o filme roda e todo mundo já sabe o final.
VAI QUE DÁ CERTO – No cinema foi sucesso, na política nem sempre só o otimismo resolve. Em cada cidade desta região tem um azarão acreditando na sorte grande e fazendo planos e projetos para um governo que só ele(a) acredita que pode vir. Nesse enredo tem filme começando como uma chanchada, pra terminar em drama...
JOGO DE CENA – O filme é de 2007, mas parece que foi baseado nele que o governador Rui Costa deu, de acordo com palavras do deputado Roberto Carlos, carta branca para ele lançar a candidatura a prefeito de Juazeiro. Se o fez, como disse o deputado, foi só jogo de cena. Na visita que fez a Juazeiro, Rui Costa, ladeado por Lula, anunciou que seu candidato é Paulo Bomfim, como todo mundo já sabia...
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