Excêntrico como sempre, o juazeirense João Gilberto, que fez 85 anos de vida nesta sexta-feira dia 10, deve ter comemorado no seu autoexílio de uma vida inteira cujo companheiro inseparável, o violão, é o único que parece não lhe incomodar.
Se teve ou não conhecimento da festa que Juazeiro lhe proporcionou noite passada na orla da cidade, ao lado da sua escultura e do Vapor Saldanha Marinho, ninguém tem certeza, mas o evento foi bonito e com a participação de uma plateia que entendeu, inclusive, as questões envolvendo a atração principal, a cantora Hanna do Rio de Janeiro que se apresentou quase afônica.
Mauriçola, Rogério Leal, Andreza Santos, Paulo César Carvalho e Fred Pontes e o Clube da Bossa fizeram apresentações dignas de um grande público que lamentavelmente não compareceu a contento, mas os que prestigiaram puderam observar que se houver um projeto que ofereça música de qualidade e com uma realização constante fidelizará os já cativos admiradores. É algo para se pensar.
De resto, a certeza que temos grandes artistas que foram acompanhados por grandes músicos como Edésio César, do contrabaixista Pablo e do pianista Soneca Martins. As atrações regionais salvaram a noite. Por amor a Bossa Nova valeu a pena ter saído de casa.
E uma dica: No próximo projeto não escondam a escultura de João Gilberto e o Vaporzinho por trás do palco. Eles podem e devem compor o cenário.
Mais uma vez parabéns e viva João Gilberto.
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