Após quatro dias intensos de debates e apresentações de pesquisas científicas, foi encerrado nesta quarta-feira (08/06), o I Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (SBHSF). O encontro inédito teve como objetivo integrar os conhecimentos sobre a principal bacia 100% brasileira, que enfrenta sérios problemas, comprometendo a vida de mais de 15 milhões de pessoas que dependem das suas águas. Na plenária final foi escolhido o estado de Sergipe para abrigar o próximo Simpósio, previsto para ocorrer em junho de 2017.
Ao todo foram 235 estudantes e pesquisadores inscritos, 77 trabalhos, sendo 33 painéis e 41 apresentações orais. Os trabalhos foram divididos em cinco eixos: qualidade da água, quantidade da água, governança, recuperação hidroambiental e dimensão social e saúde.
Na avaliação da professora Andréia Fontes, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), que coordenou o Comitê Técnica Científico, “o Simpósio resultou em avanços que foram além do conteúdo. Estabeleceu-se durante o encontro essa integração do conhecimento. Desde o nivelamento, os pesquisadores já foram trazendo contribuições da situação do rio e os presentes foram aprendendo e trocando informações”.
As conferências realizadas na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), no campus Juazeiro(BA), revelaram o ‘estado da arte’, ou seja, o diagnóstico dos estudos acadêmicos sobre o rio, com aspectos como temas mais abordados, regiões de concentração dos estudos, existência de programas de pós-graduação, parâmetros de pesquisa, entre outras informações que possibilitarão o fortalecimento da contribuição das ciências para a causa do Velho Chico.
O SBHSF surgiu de uma provocação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) para o Fórum de Pesquisadores de Instituições de Ensino e Pesquisa localizados na Bacia. A partir da decisão de realização do encontro, a Univasf assumiu a missão de ser a anfitriã deste primeiro simpósio.
Presente ao encerramento do Simpósio, o secretário geral do CBHSF, Maciel Oliveira, garantiu que, após a entrega do relatório final do encontro (previsto para 60 dias), o colegiado convocará uma reunião com as fundações de fomento à pesquisa das sete unidades da federação que integram a bacia: Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal. “A intenção é firmar um termo de cooperação que estimule as pesquisas”, completou.
Na avaliação de Maciel, o Simpósio é a concretização de mais uma missão institucional do Comitê de Bacia. “Com a realização deste simpósio, que é um marco do diálogo da Academia com a realidade da bacia do São Francisco, o Comitê efetiva sua missão de articulador institucional, em busca de soluções dos problemas que atinge o querido Velho Chico”.
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