O lançamento do Programa Bioma Caatinga aconteceu nesta segunda-feira, 6, no auditório do Opara Palace Hotel, no centro de Juazeiro e reuniu profissionais da imprensa, parceiros e profissionais que irão desenvolver as atividades do projeto.
Fruto da articulação do Sebrae, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil, o programa visa promover a sustentabilidade do setor de caprinos e ovinos do Território de Identidade Sertão do São Francisco, que compreende os municípios de Juazeiro, Casa Nova, Curaçá, Remanso e Uauá. A região concentra 45% de todo rebanho de ovinos e caprinos da Bahia. O Bioma Caatinga também será lançando nas outras cidades de atuação. A programação segue nesta terça-feira, 07, em Remanso, e quarta-feira, 8, em Uauá.
Durante um ano, mais de mil produtores rurais de 325 comunidades e quase 200 micro e pequenas empresas serão acompanhadas por 44 profissionais, entre técnicos e engenheiros agrícolas, zootecnistas e veterinários que foram contratados para atuar nas áreas rurais e urbanas dos municípios, levando boas práticas de gestão, assistência técnica e ambiental, além de orientações sobre o manejo de rebanho, comercialização dos produtos e acesso a novos mercados consumidores.
O agente de desenvolvimento rural sustentável do programa e técnico agrícola, Fernando Gomes, irá acompanhar 31 produtores rurais na região de Itamotinga, em Juazeiro. "O nosso desafio é promover o desenvolvimento local, transformar o produtor tradicional em um empresário rural", esclarece.
"As atividades serão realizadas com base nas vivências das famílias rurais, mas todos serão incitados ao conhecimento, à organização e busca pela técnica, para que possam produzir com mais qualidade, alcançar mercados e fechar negócios rentáveis", completa Gomes.
Acesso a crédito
O programa também vai oportunizar o acesso a crédito financeiro para investimentos na empresa rural. O gerente geral do Banco do Brasil e parceiro do programa, Onofre Coelho, conta que a instituição vai liberar R$ 15 milhões para os produtores rurais aplicarem na estrutura e produtividade de suas propriedades.
"A caprinovinocultura é um viés importante para a região, por isso a ideia é que eles invistam em tecnologia, manejo e qualidade de rebanhos e melhoria de instalações. Tivemos bons resultados na primeira fase e com certeza os avanços serão visíveis no segundo ciclo do programa", frisou o gerente.
Para o técnico do Sebrae Juazeiro e coordenador do Bioma Caatinga, Carlos Robério Araújo, essa nova fase vai estimular o empreendedorismo no setor de caprinos e ovinos no campo e na cidade, com ações de cooperação, inovação, acesso à tecnologia e comercialização.
"Com conhecimento, assistência e acompanhamento técnico, os produtores rurais serão preparados para se tornarem os principais beneficiados da cadeia produtiva da caprinovinocultura, pois irão colocar no mercado um produto de qualidade, legalizado, com valor agregado e competitivo", destacou o coordenador do programa.
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