O afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) pelo Senado Federal mexeu com o cenário político do país. Na manhã desta quinta-feira (12), antes de deixar o cargo, Dilma foi recebida por ministros, assessores, deputados e senadores. Presente ao ato no Palácio do Alvorada, o parlamentar federal Valmir Assunção (PT-BA) disse que o PT assume a oposição e que os movimentos sociais e populares vão para as ruas garantir os direitos e contra o governo do vice Michel Temer. "A decisão de fazer oposição é um posicionamento que vai de encontro ao golpismo e ao desrespeito à Constituição Federal de 1988. É preciso respeitar o voto dos mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras".
Segundo o deputado baiano, os movimentos não vão abaixar a cabeça. "Não permitiremos um dia sequer que este país volte a ser de poucos, do ódio ao trabalhador, do preconceito, da afirmação livre do racismo. Somos muitos e somos muito aguerridos na defesa da democracia. Esta será a nossa posição daqui por diante". Assunção diz ainda que o voto foi usurpado por uma maioria de congressistas "que não representa a maioria do povo brasileiro, nem de forma identitária, e - a tratar como votam sobre os direitos trabalhistas e direitos das minorias - nem de forma responsiva".
Conforme Valmir, os governos do PT deram um salto qualitativo em termos de gestão pública, e desenvolveu o Brasil a partir da priorização de políticas para o seu povo. "Foram implantadas as políticas sociais que são a marca do PT e deram dignidade à maioria da população brasileira". Assunção também diz que só a história condenará os golpistas e que todos os dias os movimentos sociais, os setores populares deste país estarão nas ruas para defender direitos e denunciar o projeto neoliberal e destruidor das conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras do país.
"Não estou no casuísmo conjuntural de crise econômica. Falo do que será priorizado, deste modo, o projeto 'Ponte para o Futuro' seria mais honesto se se chamasse 'Ponte para o Retrocesso'. É um conjunto de propostas que reduzem os investimentos em políticas sociais, para agradar uma pequena parte da elite brasileira. Deixa de investir em direitos básicos, como saúde e educação, para passar a um programa de privatizações em massa, assaltando o povo brasileiro", completa o petista.
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