As operações da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco (FPI), que contam com a intervenção de 25 órgãos públicos que atuam nas áreas de meio ambiente e saúde, tiveram continuidade nesta semana. Na terça-feira (03) foi realizada uma Audiência Pública sobre Patrimônio Cultural de Juazeiro com o promotor do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (NUDEPHAC), Edvaldo Gomes Vivas e fazedores de cultura da Bacia do São Francisco. Já nesta sexta-feira (06), às 14h, acontecerá uma Audiência Pública, em que serão apresentados os números da operação, no auditório da Codevasf.
Sobre as discussões acerca do patrimônio cultural da cidade o promotor Edvaldo Gomes, em entrevista ao programa Geraldo José desta quarta-feira (04) enfatizou: “Foi um seminário a pedido do Conselho Municipal de Cultura do município. Juazeiro tem uma Lei municipal 1667/2002 e no anexo 1 da lei tem 97 imóveis de certo valor histórico. Já foi detectado que um terço desses imóveis já estão descaracterizado. O que me chamou muita atenção foi o patrimônio imaterial da cidade. Tive contato com os Penitentes, Samba de Véio, com o Nego d’ Água. Juazeiro tem fazedores de cultura de grande nível e acho que falta uma organização para a nós alavancarmos de fato a cultura de Juazeiro”, disse.
O superintendente do IBAMA na Bahia, Célio Costa Pinto, também participou do programa e deu mais detalhes sobre a participação do IBAMA na FPI. “O foco maior do trabalho do Ibama é a Amazônia. Na Bahia temos 65 fiscais e nós vemos a FPI como uma oportunidade de otimizar a presença do Ibama contribuindo com outros 24 órgãos. Com a operação nós conseguimos ter mais atuações do que quando agimos sozinhos”, pontuou.
A promotora do Ministério Público da Bahia, Luciana Khoury, convidou a população para a audiência de sexta-feira e adiantou algumas conclusões já feitas pelas equipes da Fiscalização Preventiva Integrada do Rio São Francisco. “Tem algumas ações que vimos algumas melhorias, mas em outras ações percebemos que, infelizmente, não avançamos como desejamos. Nós temos aqui pessoas com o hábito ainda de criar animais silvestres. Por outro lado, nós detectamos que ainda temos problemas gravíssimos quanto ao saneamento básico. Temos obras não concluídas de saneamento em Remanso e obras de abastecimento de água em Sento Sé com problemas. Nós temos muitos problemas que persistem e nós vamos ter que dá um desdobramento muito firme na região”, declarou.
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