O deputado estadual Alan Sanches (DEM), autor de diversas denúncias sobre a crise que atinge em cheio as maternidades baianas, cujos atendimentos estão sendo reduzidos e unidades referências sendo fechadas, denuncia o que considera como nova atrocidade: o baixo investimento na rede de assistência Materno Infantil por parte do governo do estado. De acordo com o deputado na média, pelos dados apresentados pela própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), a execução orçamentária ficou em 56% do compromisso 7 da Programação Anual de Saúde de 2015.
"O que, sem dúvida, predispõe ainda mais para o caos no atendimento. E muito pior, é constar no documento que a ação "Construção de Unidade da Rede Materno?Infantil" teve sua meta 100% alcançada, quando não se tem notícia de inauguração de nova maternidade no estado em 2015, bem como da ampliação das unidades existentes que consta meta objetivada em 50%. Ao contrário, o que existiu foram maternidades fechando as portas", frisou, relembrando que a Maternidade José Maria Magalhães, a maior da Bahia, teve os leitos reduzidos em 20%, o atendimento emergencial de obstetrícia do Hospital Santo Amaro foi fechado e a Maternidade da Sagrada Família, que prestava serviço à Sesab, locado dentro do Hospital Salvador em três andares, com centro obstétrico, 10 leitos de UTI e quatro de UCI Neonatal, com media de 300 partos por mês, também está desativada.
"Em suma, quando você fecha unidades, seja ela pública ou privada e, por tabela, reduz os investimentos, você coloca a mulher e o bebê que vai procurar um atendimento qualificado ao parto sob risco. E o executivo estadual precisa se posicionar sobre tamanho descaso", concluiu, reforçando que fará moção de repúdio na Assembleia Legislativa.
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