MST FAZ MANIFESTO EM FRENTE AO FÓRUM DE JUAZEIRO

O MST – Movimento dos Sem Terras está em frente a sede do Fórum de Juazeiro (Fórum Conselheiro Luiz Viana) como parte de uma vigília e mobilização estadual que cobrando justiça para o assassinato do líder sem terra Fábio Santos, assassinado há três anos e até hoje sem solução. Os membros do MST chegaram ontem a noite e ficam até hoje às 09 horas desta segunda-feira, dia 04. Eles informaram que é um ato pacífico, sem caminhada.

Veja a nota distribuída pelo MST

FÁBIO SANTOS: 03 anos de Impunidade!

“Nenhum minuto de silêncio, mas uma vida inteira de luta”

Há exatamente três anos, no dia 02 de abril de 2013, o pedagogo e Sem Terra, Fábio Santos, foi executado com 15 tiros na frente de familiares enquanto seguia ao distrito de Palmeirinha, em Iguaí.

É com revolta que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vem às ruas denunciar a negligência e morosidade do poder judiciário com o caso.

As investigações estão travadas e nenhuma reposta é dada.

Quantas vezes os nossos camponeses serão assassinados? É esse tipo de ação, com o uso de pistolagem, covarde e cruel, que estamos convivendo no campo brasileiro. ESSE ASSASSINATO NÃO PODE FICAR IMPUNE.

A região de Iguaí possui um histórico de repressão e morte dos trabalhadores e trabalhadoras que lutam pelo acesso à terra. De 2011 à 2014, cerca de 62 ASSASSINATOS foram denunciados no município, assim como o caso Fábio, as INVESTIGAÇÕES ESTÃO PARADAS.

Estamos nas ruas para rememorar e exigir justiça também, do maior massacre já realizado no campo brasileiro, onde 21 trabalhadores foram executados pela força policial, em Eldorado dos Carajás, no dia 17 de abril de 1996.

São 20 anos de impunidade!

Pelos nossos mortos e pelos sobreviventes nos manifestamos. Pela reforma agrária, pelo fim do latifúndio e sua força jurídica, exigimos justiça. 

A morte de trabalhadores é um sinal que jamais poderão desmentir ou negar a força de mobilização e os sonhos que movem homens e mulheres por uma sociedade mais justa e igualitária.

SE CALARMOS, AS PEDRAS GRITARÃO