Conforme já veiculado no blog do Geraldo José na tarde desta quarta-feira (23) (Veja aqui) documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 18 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada nessa terça-feira (22) pela força-tarefa da Operação Lava Jato. Políticos baianos entre deputados federais, estaduais, vereadores e o prefeito de Juazeiro estão na relação. As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22 de fevereiro de 2016.
Como eram de uma operação de um mês atrás e só foram divulgados públicos nessa terça pelo juiz federal Sérgio Moro, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato. A relação foi divulgada pelo blog do jornalista Fernando Rodrigues. As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente ser considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Eis a relação dos baianos listados pelo presidente da Odebrecht Infraestrutura:
Dep Fed Jutahy Magalhães (SSA), Paulo Camara (SSA), João Almeida (SSA), Nelson Pelegrino, Waldir Pires, Giovani, Lessa, Pinheiro, Vânia Galvão, Carlos Martins, Ademar Delgado, Isaac Carvalho, Geraldo Simões, Eduardo Alencar, Mauro Poeta, Dinha, Marcio Biolchi, Alberto Castro, Carmem Gandarella, Jeferson Andrade, Jussara Márcia, Mário Kertesz, Pedro Godinho, ACM Neto, Jose Carlos Aleluia, Leonardo Prates, Dep, Est Marcelo Nilo, Edvaldo Brito, Dep Federal Daniel Almeida, Geraldo Junior, Tonha Magalhães, Maurício Bacelar, Jaques Wagner, Paulo Souto, Lomanto Junior, Arthur Maia e Luís Tavares.
Segundo a planilha o prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho teria recebido o rapasse de R$ 300 mil reais, em três parcelas de R$ 100 mil reais em nome do “Passivo” que é a denominação atribuída ao ex-governador da Bahia Jaques Wagner, hoje chefe do Gabinete Pessoal da presidente Dilma Rousseff.
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