Em entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (09) os pais da garota Beatriz Angélica, barbaramente assassinada nas dependências do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina, há cerca de 90 dias, voltaram a falar das angústias e expectativas que a família vive, enquanto aguarda uma resposta para o caso.
Na coletiva, que tinha como objetivo chamar as instituições e a sociedade em geral para mais um ato público, marcado para esta quinta-feira(10), Sandro Romilton e Lucia Mota, responderam a questionamentos da imprensa, esclarecendo alguns fatos.
De acordo com os pais de Beatriz, cerca de 22 profissionais estão trabalhando exclusivamente no caso e Mais de 80 pessoas já teriam sido ouvidas.”Após o anúncio do Disque Denúncia tínhamos tido apenas 3 ligações, que não se confirmaram, depois que aumentou o valor diversos estados se mobilizaram, soube que pessoas chegaram a ser presas por serem parecidas com o retrato falado, em Fortaleza, Salvador e Recife. Ontem o delegado nos informou que 50 ligações foram feitas, 88 pessoas foram ouvidas e tem apurado cada ligação por mais tolo que seja.”
Em relação a divulgação do retrato falado, Lucia Mota disse que deu sua contribuição e pediu as pessoas que levem a sério. “Pedimos as pessoas que contribuam e não brinquem com isso, porque é crime. É um trabalho de meses e não pode ser desvirtuado assim”, insistiu.
Sobre insinuações da menina ter sido morta em outro lugar e levada para o local onde foi encontrada, a família esclareceu que não tem essa informação. “A delegada inicial nos poupou, até porque os detalhes do acontecido não interessam tanto a família, não aguentaríamos. Inclusive acho que Deus também nos poupou. Conheço a escola toda, abri todas as portas, menos essa, até porque acredito que se nós estivéssemos encontrado nossa filha daquela forma, não teríamos mais nenhuma sanidade”, Disse Sandro.
Perguntados sobre a possível participação da Polícia Federal nas investigações, Lucia Mota esclareceu que está ciente das atribuições de cada uma das policias. “Nós pesquisamos e descobrimos que a polícia federal não investiga esse tipo de crime. Essa investigação é responsabilidade da Polícia Civil de Pernambuco. Eu tive acesso a presidente Dilma e fiz um pedido, que é sigiloso, mas tenho certeza que ela está atendendo o pedido.”
Sandro Romilton, em que pese o reconhecimento do esforço da polícia, revelou que a família sofre com a demora na solução do caso. “O delegado tem uma dinâmica, uma estratégia, é da pessoa dele ser bem reservado, temos contato direto com ele, até virtualmente, é uma pessoa de acesso, ele realmente nos pede para ter paciência, nós demos um voto de confiança a ele, mas essa confiança está acabando. Eu tenho dito que vamos cobrar de uma maneira mais aguda, e ele concorda com isso”, enfatizou.
Ao final da coletiva Sandro e Lucinha reforçaram o convite para que as instituições, incluindo a escola onde ocorreu o crime, e a sociedade como um todo, participem do manifesto que acontecerá amanhã, quinta-feira, dia 10, na Praça da catedral, às 19 horas.
Confira o pedido dos pais no vídeo:
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