A força-tarefa da Operação Lava Jato divulgou uma nota na noite deste sábado, 5, sobre a Operação Aletheia, ápice da Lava Jato. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi conduzido coercitivamente – quando o investigado é levado para depor e liberado – na sexta-feira, 4. O petista prestou depoimento em uma sala da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas. Segundo os procuradores, nas 24 fases da Lava Jato, deflagrada em março de 2014, cerca de 117 mandados de condução coercitiva determinados pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba. “Apenas nesta última fase e em relação a apenas uma das conduções coercitivas determinadas, a do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, houve a manifestação de algumas opiniões contrárias à legalidade e constitucionalidade dessa medida, bem como de sua conveniência e oportunidade”, afirma a força-tarefa.
“Considerando que em outros 116 mandados de condução coercitiva não houve tal clamor, conclui-se que esses críticos insurgem-se não contra o instituto da condução coercitiva em si, mas sim pela condução coercitiva de um ex-presidente da República.” Durante o depoimento de Lula, que se prolongou por mais de três horas, manifestantes se confrontaram nas ruas da cidade. Pancadarias foram registradas em diversos locais. “Para a segurança pública, para a segurança das próprias equipes de agentes públicos e, especialmente, para a segurança do próprio senhor Luiz Inácio Lula da Silva, além da necessidade de serem realizadas as oitivas simultaneamente, a fim de evitar a coordenação de versões, é que foi determinada sua condução coercitiva”, sustentam os procuradores.
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