ARTIGO - TURPILÓQUIOS E OUTRAS ABERRAÇÕES TÊM MANCHADO A MÚSICA BAIANA

08 de Feb / 2016 às 23h00 | Espaço do Leitor

O gosto musical do brasileiro, em especial do baiano, não é mais o mesmo, infelizmente isso é fato e a cada carnaval fica mais evidente está triste realidade. Uma verdadeira decadência. Para a folia momesca músicas chamadas de "baianas" estão sendo produzidas com o falso propósito de estimular a dança e esquecer o estresse, mas na verdade estão conseguindo mesmo é alienar mentes, incitar a imoralidade e deturpando condutas, flertando todo o tempo com a pornografia, quiçá igual ou pior que o Funk do estado do Rio de Janeiro, ao seguir na mesma linha de "musicalidade".

Em um contexto geral a música popular brasileira tem passado por uma revolução de estilos, com ritmos, harmonias e melodias que vão do luxo ao lixo. O padrão musical é algo que há algum tempo já não se observa mais. Não é necessário citar nomes de cantores ou conjuntos musicais, basta apenas sintonizar uma emissora de rádio ou assistir programas de auditórios exibidos geralmente aos sábado e domingos à tarde na televisão. Geralmente a música que a mídia passa e está na moda é ruim. É impressionante como pessoas conseguem desenvolver gostos tão medíocres para certas combinações de sons que chamam de música.

De volta à Bahia. A maioria das letras do 'pagode baiano' traz uma conotação sexual muito forte e em muitas delas colocam a mulher numa situação um tanto quanto vulgar. São usadas expressões chulas e palavrões que são reproduzidos por crianças, adolescentes e jovens, e que empobrecem a cultura musical da Bahia, estado referência por apresentar para o Brasil e para o mundo artistas como João Gilberto, Dorival Caymmi, Maria Betânia, Gal Gosta, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Raul Seixas, Xangai, Elomar Figueira e tantos outros.

No artigo "Crime, violência e o pagode da Bahia", o oficial da Polícia Militar da Bahia, Danillo Ferreira, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, critica e chama a atenção para músicas que influenciam jovens a se tornarem autores de violência e apologias ao sexo e às drogas. Em um dos trechos o policial retrata que "na Bahia, um dos elementos culturais que parece ter se inserido como fortalecedor da sanha pelo enfrentamento violento é a música conhecida, sem muito rigor teórico-musical, por pagode ou pagodão, uma espécie de derivação da Axé Music com bastante apelo a batidas percussivas e letras geralmente incitadoras de algum tipo de violência, inclusive sexual, principalmente degradadora da condição feminina".

Ao se referir aos cantores Caetano Veloso e Gal Costa, o médico, empresário e escritor goiano elogia: "Esse povo da Bahia é mesmo arretado. Rebolar é pra quem quer; cantar é pra quem pode. E nem precisa trio elétrico, bumbum pra fora...".

Segundo pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra O gosto musical de uma pessoa pode dar pistas sobre a maneira como ela pensa, e vice-versa. O estudo apontou que pessoas empáticas, com maior capacidade de se identificar com outra pessoa, preferiram músicas mais suaves, de baixa energia. Já aquelas classificadas como "sistemáticas" - pessoas que procuram analisar padrões no mundo - optaram por punk, heavy metal e músicas em geral mais complexas.

Outro estudo aponta que uma das principais estratégias de corrupção da infância, para tornar as crianças propícias ao sexo e à exploração sexual, é habituá-las á pornografia e ao erotismo.  A criança exposta a este tipo de música será abusivamente induzida a um comportamento sexual incompatível com sua idade, e, até mesmo, à prática sexual precoce.

Para este carnaval de 2016, a "Paredão Metralhadora", da até então desconhecida e inexistente banda Vingadora, é apontada como principal música da folia. A música revela barulho de tiros e uma metralhadora sendo disparada. Já a sua coreografia, tanto quanto o hit, é uma clara banalização da violência. No Brasil de Anita, Luan Santana, Tati Quebra Barraco, Valesca Popozuda ..., pode se esperar tudo.

No ano em que se comemora 100 anos do Samba no Brasil, nossa homenagem aos sambistas e sambadores, pois "quem não gosta de samba, bom sujeito não é, é ruim da cabeça e doente do pé".

"Deuses!

Divindade infinita do universo

Predominante

Esquema Mitológico

A ênfase do espírito original

Shu!

Formará no Éden um novo cósmico" - Faraó Divindade do Egito – Margareth Menezes

Por Gervásio Lima Jornalista e Historiador

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