Presidente da Moscamed conhece estratégias de controle de mosquitos adotadas pela Flórida

04 de Feb / 2016 às 12h30 | Informativos

O combate ao mosquito Aedes aegypti no Brasil reuniu esforços do poder público e centros organizações de pesquisa a exemplo da Biofábrica Moscamed Brasil, sediada na região norte da Bahia. Após desenvolver o Projeto Aedes Transgênico - PAT que utiliza uma linhagem genticamente modficicado para controle e erradicção do mosquito, o presidente da biofábrica, Dr jair Virginio e a pesquisadora ICB/USP, professora Margareth Capurro, coordenadora do PAT, visitaram o Distrito da Flórida de Controle de Mosquitos (www.keysmosquito.org).

A visita aconteceu entre os dias 25 e 29 de janeiro e teve o objetivo de conhecer as estratégias de controle adotadas pela Flórida (EUA). “Defendemos uma abordagem baseada em monitoramento de qualidade, permitindo a aplicação de medidas com base na real situação de campo. A estratégia é aplicar o manejo integrado do mosquito, atacando o mosquito tanto na fase imatura (larva e pupa) quanto na fase adulta, utilizando todas as tecnologias disponíveis.  Inclusive a que temos. Não existe uma ferramenta que sozinha dará conta do controle do mosquito”, avaliou Virginio.

Primeira biofábrica de mosquitos no mundo e que até dezembro de 2015, de acordo com pesquisas, com maior produção de insetos em larga escala. A Moscamed foi estabelecida em abril de 2005 e está sediada na cidade de Juazeiro, na região norte da Bahia, sendo reconhecida pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério da Saúde (MS) e pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

PAT

O Projeto Aedes Transgênico (PAT) visa controlar a transmissão da doença produzindo linhagens de mosquitos geneticamente modificados (OGM), que serão capazes de suprimir populações naturais do transmissor da doença. O projeto nasceu de uma pesquisa que consiste na utilização de mosquitos machos de uma linhagem transgênica para combater o mosquito transmissor do vírus dengue.

Cientistas ingleses introduziram um gene (unidades de características hereditárias) no mosquito Aedes aegypti, que é responsável pela produção de uma proteína que, em altas doses, impossibilita o desenvolvimento da prole (filhos) desses mosquitos, ou seja, eles não serão capazes de chegar à fase adulta, e, por isso, não conseguirão transmitir a doença.

Ascom/Moscamed

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