A coleta de lixo está sendo feita parcialmente na cidade de Juazeiro desde o dia passado (02), porque os trabalhadores da empresa ART Construtora, responsável pelo setor, paralisaram as atividades alegando que ainda não receberam a segunda parcela do décimo terceiro salário, ticket alimentação, vale transporte, cesta básica e material de EPI – Equipamento de Proteção Individual.
Para Jamay Damasceno diretor regional do Sindlimp várias denúncias já foram feitas no Ministério do Trabalho que notificou a empresa, mas os trabalhadores continuam sendo sacrificados. “A dívida da empresa com os trabalhadores gira em torno de R$ 170 mil reais, já estamos no início de fevereiro e com certeza vai haver novo atraso de salário. Então, a categoria cansada de todo esse descaso resolveu novamente paralisar as atividades”.
Segundo Jamay Damasceno mesmo com os repasses em dia, a SESP – Secretaria de Serviços Públicos da Prefeitura de Juazeiro tem parcela de contribuição porque em razão da paralisação dos carros coletores coloca os agentes de varrição para efetuar a coleta. “Já pensou de ocorre um acidente com um desses trabalhadores” lamentou o sindicalista.
O trabalhador Dilermando do Carmo endossou as reclamações do sindicato. “Estamos passando dificuldades e a empresa não oferece uma alternativa para resolver o problema. Estamos aqui com cerca de vinte trabalhadores porque a maioria teme as ameaças de perder o emprego e com isso, permanece trabalhando” relatou.
Pedro Henrique de Matos Reis argumenta que foi demitido em dezembro e até hoje na recebeu os direitos trabalhistas. “Ele me manda vir todos os dias e quando chego aqui nada. A desculpa é que vão esperar uma decisão da direção da empresa em Alagoinhas e nada. Até o ponto onde está localizada a empresa está atrasado o aluguel” conluiu.
Em contato com o Chefe de Governo da Prefeitura Paulo Bonfim, este confirmou que a direção da ART está chegando a Juazeiro nesta quarta-feira para conversar com a gestão. “Estamos com quatro carros coletores fazendo o recolhimento do lixo na cidade de forma parcial e a gente pretende conversar com a direção porque estamos em dia com a empresa e esse desgaste fica só para a administração. Vamos conversar para saber se a empresa pretende continuar, regularizando a situação dos trabalhadores, porque desta forma não dá para permanecer” declarou Paulo Bonfim.
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