Os Estados Unidos confirmaram nesta terça-feira (2) que o vírus Zika se transmite sexualmente, aumentando o temor de uma propagação rápida da doença, suspeita de causar malformações no cérebro de fetos. O vírus Zika é transmitido aos seres humanos pela picada de mosquitos Aedes Aegypti infectados e está associado a complicações neurológicas e malformações em fetos.
Por causa da epidemia, os ministros da Saúde do Mercosul, mercado comum do continente sul-americano, o mais afetado pelo vírus, vão reunir-se na quarta-feira (3) para avaliar a situação epidemiológica em relação a doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, também responsável pela transmissão da dengue e do chikungunya.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão responsável pelas medidas de emergência em situações de ameaça à saúde pública dos Estados Unidos, confirmou que a pessoa com o vírus Zika foi infectada depois de ter relações sexuais com alguém que havia retornado da Venezuela.
A Cruz Vermelha apelou para que sejam feitos donativos para a luta contra a epidemia de Zika, que pode ser potencialmente perigosa para mulheres grávidas. Até agora, foram detetados casos de infeção com vírus Zika na América Latina, África e Ásia.
O Brasil, país mais atingido pela epidemia, com 1,5 milhões de casos, segundo a OMS, desaconselhou as mulheres grávidas a viajarem para aquele país. A OMS alertou que a epidemia do vírus Zika poderá afetar entre 3 e 4 milhões de pessoas no continente americano. O Brasil e a Colômbia são os países onde se registam mais casos de infetados e de suspeitos.
Medidas para conter transmissão por relação sexual
As autoridades norte-americanas de saúde anunciaram que vão adotar novas medidas para evitar novos casos. Já anteciparam que o uso de preservativos para homens será uma das recomendações a serem adotadas.
Conter novos casos de transmissão de Zika por relação sexual entra no rol dos dos esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos governos de todo o mundo para conter a epidemia da doença.
O CDC também confirmou as informaçõs das autoridades de saúde, no Texas, de que a pessoa infectada pelo vírus Zika, por relação sexual, não deixou os Estados Unidos. Até o momento, as autoridades não informaram o sexo da pessoa infectada.
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