O ex-governador da Bahia e ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou, nesta quarta-feira (27), que há uma certa “obsessão” para que as investigações da Operação Lava Jato cheguem no ex-presidente Lula. "Ele é uma figura evidentemente que tem uma liderança bastante sólida no País, é uma referência, um nome superconhecido, oito anos presidente da República. Então, virou objeto de desejo", disse, segundo o Estadão, após participar de evento pelo Dia Internacional em memória às vítimas do holocausto, na sede do conselho federal da OAB, em Brasília. A fala de Wagner vem logo após a operação Triplo X, que aconteceu nesta quarta e incluiu o triplex 164-A, ao qual a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria direito, no Edifício Solaris, no Guarujá, litoral de São Paulo, no rol de imóveis com “alto grau de suspeita quanto à sua real titularidade”.
O ministro destacou que o ex-presidente já disse não ser proprietário do apartamento. "Ele já disse que não é dele o apartamento, que ele pretendeu e depois desistiu de comprar", afirmou. "Eu acho só que as pessoas têm que aguardar um pouquinho as investigações antes de colocar os carimbos. Porque depois que coloca o carimbo fica mais difícil. Isso vale para todo mundo, pro pessoal que é do meu lado, pra oposição", completou Wagner, que também teve seu nome citado em troca de mensagens com o Léo Pinheiro, presidente da OAS, que está preso. O ministro afirmou que Lula deveria ter um tratamento "mais respeitoso". "Ele é uma liderança importante. Deu uma contribuição, independente da convicção de cada um, que considero inestimável à sociedade brasileira e ao Brasil".
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