O Brasil levou um grande susto com o surgimento da Microcefalia em bebês causada, provavelmente, pelo Zika Vírus no final do ano passado e desde então começaram campanhas e ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, causador da doença, em diversos estados do país. Mas a epidemia continua numa curva em ascensão e a preocupação do momento é o Carnaval, que de acordo com infectologistas é um “coquetel explosivo” para doença.
A preocupação com o período festivo se dá porque existe uma grande aglomeração de pessoas, geralmente com pouca roupa, ou seja, mais vulneráveis a picada dos mosquitos transmissores da doença, pelo período com possibilidade de chuvas e pela grande quantidade de lixo nas ruas. Além disso, aumentam o número de relações sexuais sem proteção, o que podem trazer gestações indesejadas.
Pernambuco é o primeiro estado em números de casos e a Bahia o terceiro, justamente estes que tem grandes festas de rua.
Preocupados com a situação, as prefeituras divulgaram ações que serão realizadas para tentar minimizar o problema, veja:
Serão feitos mutirões para identificar focos do mosquito no circuito do Galo da Madrugada, centro do Recife e palcos da Prefeitura nos bairros; orientações e conscientização com 500 organizadores de blocos; panfletagem em todas as entradas e saídas da cidade e folder bilíngue orientando a procura do atendimento médico assim que apresentem qualquer sintoma; orientação do uso do preservativo.
Call Center para receber denúncias de focos de mosquito, relatar sintomas e receber orientações; durante o Carnaval há borrifação de inseticida em torno de todas as UPAs da cidade; cidade conta com 60 máquinas portáteis de “fumacê”, 51 agentes e oito veículos; antes e depois do período do Carnaval faremos inspeção e borrifação de inseticida em torno dos palcos em alguns bairros e nos três circuitos oficiais Dodô (Ondina), Osmar (Avenida Sete) e Batatinha (Pelourinho), incluindo bocas de lobo; trabalho educativo em aeroporto, rodoviária e no circuito, distribuindo a “mãozinha da dengue”, que serve como um leque e traz diversas orientações; distribuição de preservativos, além da fiscalização do descarte dos banheiros químicos; técnica do bloqueio, quando se envia uma equipe até a casa da pessoa infectada para borrifar inseticida e tentar bloquear transmissão para outras pessoas.
A equipe da Vigilância Epidemiológica estará de sobreaviso em todos os dias da festa para dar assistência a qualquer surto ou doença dessa importância, além da UPA/24 horas que dispõe de total estrutura para atender os casos de urgência e emergência e o Hospital da Criança que atende as urgências e emergências infantis.
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