A falta de leitura é uma questão urgente. Uma parte significativa das novas gerações demonstra desinteresse por textos longos, impulsionado pela aceleração do consumo de informação em formatos curtos e rápidos. Isso afasta as pessoas dos livros e das leituras mais complexas, empobrecendo o pensamento humano. A leitura é essencial para o acúmulo e a utilização criativa do conhecimento, ajudando na evolução coletiva. Hoje, assistimos a uma transformação preocupante: a inteligência artificial substitui funções cognitivas humanas. Ferramentas como algoritmos e assistentes virtuais estão assumindo papéis de criatividade e organização de ideias. Isso resulta na diluição da criatividade humana, que era alimentada pela interação de ideias pessoais. A tecnologia agora limita nossa capacidade de criar de forma autêntica.
A falta de leitura também impacta o desenvolvimento cognitivo. Sem a prática de absorver textos complexos, surgem limitações no vocabulário, na interpretação e no pensamento crítico. Isso afeta diretamente a vida profissional, já que quem não lê fica sem o repertório necessário para inovar e argumentar de maneira coesa. No mercado de trabalho, isso se traduz em menos oportunidades e maior vulnerabilidade à manipulação de informações. A reflexão sobre isso é perturbadora. Uma geração que evita a leitura mais profunda pode ser dominada por quem ainda preserva esse hábito. Surge a dúvida: ao delegarmos a produção do saber e da criatividade para inteligências artificiais, estamos abrindo mão da nossa autonomia intelectual? Essas questões nos desafiam a repensar a relação entre humanidade, tecnologia e conhecimento, e a responsabilidade de cada geração em ser protagonista de sua própria evolução intelectual.
Além disso, há o problema da Nomofobia, o medo irracional de ficar sem o celular ou ser incapaz de usá-lo, e o vício em telas, já presente na primeira infância. Para mim, o excesso de telas na infância pode prejudicar o desenvolvimento, afetando a linguagem e a atenção. A luta é constante. Para crianças menores de 2 anos, o ideal é evitar as telas. De 2 a 5 anos, o melhor seria não terem acesso. Se necessário, limite a 1 hora por dia, sempre com a supervisão de um adulto responsável. O essencial é priorizar brincadeiras e interações reais. Eles tentam manipular o tempo todo; o desafio é resistir!
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