Sem saneamento e com problemas de erosão, comunidade tradicional de pescadores na Bahia aprova diagnóstico do Programa de Proteção, Conservação e Recuperação Ambiental em Microbacias
A associação de pescadores da colônia Z49 do Povoado Passagem no município de Pilão Arcado-BA participou do seminário final do Programa de Proteção, Conservação e Recuperação Ambiental em Microbacia do Rio São Francisco – Submédio SF. Contratada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que está financiando a ação, a empresa Água e Solo apresentou o diagnóstico e projetos individuais por propriedade que visam a conservação ambiental da água e do solo na microbacia do riacho Tranqueira.
Com diversos problemas ambientais que vão desde a falta de saneamento básico até erosão do solo, o povoado fica na margem esquerda do rio São Francisco e do Lago de Sobradinho e é apontado como um dos maiores portos pesqueiros no Rio São Francisco, formado por uma comunidade tradicional de pescadores que resiste e mantém a atividade como fonte principal de subsistência.
No início do projeto, o presidente da colônia de pescadores, Ademilson Teixeira, destacava as urgências da região, entre elas a importância da consciência ambiental coletiva e o esgoto a céu aberto que deságua, sem tratamento, no Rio São Francisco. Agora, sua expectativa é que as famílias sejam contempladas com as ações propostas e possam melhorar a qualidade de vida na comunidade e aumentar o cuidado com o rio. “A comunidade de pescadores entende que é preciso preservar, temos essa consciência, mas precisamos reforçar isso e colocar em prática. Agora agradecemos pelo trabalho feito, onde conhecemos cada proposta para as propriedades e visa a melhoria da qualidade de vida dos pescadores, a partir do cuidado com o meio ambiente”.
Foram elaborados os projetos por propriedade e projetos para a comunidade com foco também no controle de erosão das estradas. Em cada caso, foram propostas intervenções como isolamento e recomposição de vegetação nativa, implantação de sistemas de pastagem, além de cultivo em faixa e plantio de espécies arbóreas nativas. A comunidade também deve receber treinamento, onde cada propriedade receberá duas visitas com a duração de quatro horas para capacitação do uso, gestão, manutenção e execução das práticas sustentáveis propostas nas intervenções. Os projetos foram elaborados para 74 propriedades.
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