Ex-prefeitos de Juazeiro não rebatem reportagem do site UOL: "Juazeiro sofre problemas de liderança política"

04 de Apr / 2025 às 13h00 | Variadas

Continua repercutindo a reportagem com o título "Como a força dos padrinhos criou desigualdades entre Juazeiro e Petrolina". Nas redes sociais o tema ainda  reproduz centenas de comentários o fato da reportagem do site UOL apontar que "não é só uma ponte que separa as cidades de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), cada uma em um lado do rio São Francisco.

"Apesar da proximidade, as duas cidades seguiram caminhos distintos, influenciadas por decisões políticas locais", cita colunista da UOL.

Os apartamentos luxuosos dos fazendeiros de Petrolina, na orla do rio, têm vista para Juazeiro, onde o padrão de vida é outro. No Censo de 2010, a disparidade já era desproporcional à população: enquanto Petrolina contava com 3.284 pessoas ganhando mais de dez salários mínimos, Juazeiro registrava apenas 1.614.

Uma fonte da REDEGN que prefere não ser identificado chama a atenção e pergunta o motivo de "nenhum dos ex prefeitos dos últimos vinte anos não ter rebatido dados e ou comentado a reportagem que afirma ser Juazeiro prejudicado por falta de lideranças políticas".

Os últimos ex-prefeitos de Juazeiro foram: Joseph Bandeira, professor Rivadavio, Jorge Khoury, Misael Aguiar, Isaac Carvalho (duas vezes) e Suzana Ramos.

Para os moradores da região ouvidos pelo UOL, prevalece o companheirismo eternizado no forró de Jorge de Altinho: “Petrolina, Juazeiro / Juazeiro, Petrolina / Todas as duas eu acho uma coisa linda / Eu gosto de Juazeiro / E adoro Petrolina”.

DEFESA CODEVASF: Em entrevista concedida à redeGN, nesta quinta-feira (3), o Superintendente da 6ª Região da Codevasf, em Juazeiro, Miled Cussa Filho, avaliou a repercussão de uma matéria feita pela Jornalista Natália Portinari, do UOL, com teor depreciativo sobre Juazeiro, num comparativo com a vizinha cidade de Petrolina.

A reportagem do UOL destacou o crescimento de Petrolina, a atuação das lideranças no lado pernambucano e fez comparativos que mexeu com a autoestima e depreciou a atuação dos políticos no lado baiano.

De acordo com Miled Cussa, a presidência nacional da Codevasf “trouxe um grupo de jornalistas de grandes veículos nacionais com a intenção e mostrar a força dos perímetros irrigados da região” e que a matéria surgiu do olhar da própria jornalista “ao detectar uma diferença na estrutura das cidades”, observou.

De acordo com Miled essa diferença se dá em função da atuação ao longo dos anos dos políticos de Petrolina: “Juazeiro durante anos ficou muito carente de lideranças politicas, enquanto Petrolina teve um filho governador, presidente do senado, um quase filho governador da Bahia, pois o pai de Nilo Coelho era Gersino Coelho,, de Petrolina, teve Osvaldo Coelho, um grande defensor dos perímetros, irrigados, conseguiu implantar o projeto Nilo Coelho, manteve o presidente da Codevasf por 12 anos e a atuação do senador Fernando Bezerra que chegou a ser ministro e levou muitos investimentos para Petrolina”, lembrou.

Miled reforçou que “sempre que se reúne em Brasília procura firmar a posição de Juazeiro”, destacando o potencial da produção em Juazeiro e do Vale: “Temos aqui 38 mil hectares, que gera R$ 2 bilhões de produção por ano, produz 3 toneladas de frutas por ano, gera mais de 100 mil empregos, são números muito grandiosos que mostram que o desenvolvimento sócio econômico de Juazeiro e de Petrolina”.

De acordo com Miled “Muito se fala de Petrolina, pois na verdade o valor bruto de produção de Petrolina é maior, porque o Nilo Coelho tem uma produção maior de uva, como o preço da uva é sempre maior, e esse ano teve um aumento significativo, o valor bruto de produção de Petrolina é maior, mas a produção nos perímetros de Juazeiro é maior”,

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