artigo: Sem atenção, Não há afeição - Por Pastor Teobaldo

30 de Mar / 2025 às 18h08 | Espaço do Leitor

A falta de atenção mata a afeição, e essa verdade é algo que a gente sente no peito, na pele, nas pequenas frustrações do dia a dia.

Você que está aí, tentando dar conta de tantas coisas, talvez esteja vendo seu relacionamento, seja com o parceiro, a parceira, com os filhos ou até com amigos, se enfraquecer.

A rotina cansa, o tempo parece escasso e, na correria, o que deveria ser um momento de conexão se transforma em um vazio. O olhar atento, o gesto carinhoso, a troca de palavras sinceras vão ficando para trás, e o que antes era um afeto vibrante se torna uma mera convivência. Talvez você já tenha se pegado ali, na noite silenciosa, pensando que não sente mais a chama acesa, como se tudo estivesse tão distante, tão frio. E isso não é sua culpa, não é um erro isolado. Estamos todos imersos em um mundo que exige tanto de nós que, muitas vezes, negligenciamos o que realmente sustenta os relacionamentos: a atenção. Mas você não está sozinho(a) nessa. Todos passamos por isso, de alguma forma.

Mas o que muitos não sabem é que ainda há tempo de reconectar, de reconstruir o que parece perdido. Não é fácil, não. Não é do dia para a noite. É um esforço diário, constante. Talvez você esteja pensando: “Já tentei tanto… será que vale a pena?” E eu te digo: sim, vale. O afeto, aquele verdadeiro, não é uma fantasia distante; ele se constrói, devagarinho, com paciência e gestos simples. Você pode começar, agora mesmo, a mudar o curso. Preste atenção naqueles pequenos momentos que fazem toda a diferença: ouça o outro de verdade, olhe nos olhos, converse com carinho, e mostre que está ali, de coração aberto. Para os homens, que muitas vezes são condicionados a esconder suas emoções, ou para as mulheres que carregam o mundo nas costas, se permitir ser vulnerável, se permitir cuidar do outro com uma atenção genuína, pode ser a chave para reacender o que parecia apagado. E para os jovens e adolescentes, que estão começando a entender a profundidade das relações, isso vale também. Não deixe o vazio tomar conta. A cada passo, a cada gesto, você vai perceber que há mais amor, mais vida ali.

Sim, há jeito. O caminho não é fácil, mas é possível, e acredite, vale a pena. Quando você investe na afeição, no carinho mútuo, as coisas começam a mudar. E não se engane, isso não é só sobre o outro. Isso é sobre você também, sobre sua própria saúde emocional. Um relacionamento saudável, nutrido com atenção e carinho, traz mais alegria, mais equilíbrio e até mais saúde física. Você já deve ter ouvido falar dos benefícios de um casamento forte ou de uma amizade verdadeira para o bem-estar, e isso não é só papo de autoajuda. É ciência, é prática. A reconstrução do amor depende de um esforço conjunto. Não importa quanto tempo se passou ou quantas tentativas falharam. Sempre é tempo de recomeçar. E para você, que ainda acredita que pode ser melhor, que o amor pode crescer mais forte, este é o momento de agir. Não deixe o afeto morrer. Existe sempre uma nova chance para reacender a chama.

Por Pastor Teobaldo - texto Pastor Teobaldo - Formação em Teologia, Psicanálise Clínica, Educação Re

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