Advogado de Juazeiro, Dr. Oseias Alves, se manifesta após absolvição de Daniel: “Juazeiro é madrasta com seus filhos e mãe para forasteiros”

A repercussão da absolvição de Daniel Alves, por um Tribunal Superior da Espanha, como divulgado pela redeGN mais cedo, segue causando repercussões em Juazeiro, principalmente após um episódio que culminou com a retirada da estátua em homenagem ao jogador na orla da cidade, na gestão anterior, atendendo a uma recomendação do Ministério Público da Bahia.

O advogado Oseias Alves, de Juazeiro, que já havia manifestado, à época, indignação com a decisão, procurado por nossa reportagem voltou a abordar o assunto:

“Manifesto minha indignação com minha terra natal, Juazeiro. Como diziam e dizem sábios juazeirenses, Juazeiro é madrasta para seus filhos e uma mãe para os forasteiros. O julgamento precoce que aconteceu com um dos seus filhos ilustres, demonstra com toda ênfase o que uma madrasta faria com o filho”, declarou.

Na manifestação Dr. Oseias Alves diz que Daniel Alves foi “Julgado antecipadamente, condenado e teve sua estátua retirada da Orla de Juazeiro como se estuprador fosse. O ministério à época argumentou que por ele ainda estar vivo não poderia ter a estátua, baseado numa Lei que que diz que homenagens em vias públicas só podem ocorrer pós morte, mas é bom lembrar que em Juazeiro tem uma avenida por nome Luís Inácio Lula da Silva e este ainda está vivo” reforçou.

De acordo com Oseias, “A desconfiança (no processo) já existia, com uma mulher que chama-se Maria chuteira, que vão atrás de famosos jogadores e só na Espanha foram mais de seis casos, todos absolvidos, o sétimo foi Daniel. Neymar foi vítima de uma que saiu aqui do Brasil para ir para a França, dormir com ele e depois denunciar que tinha sido estuprada.  Se ele não tem a gravação também entraria nesse rol. Imagine o prejuízo financeiro que esse rapaz tomou (Daniel), fora o prejuízo moral, preso, recolhido numa cela, condenado antecipadamente. A indignação vem da manifestação antecipada e agora a Justiça corrige o seu erro e o estado espanhol deverá pagar uma indenização a Daniel. Juazeiro também condenou seu filho ilustre antecipadamente. É hora de nos manifestarmos, de forma que isso traga alento a família de Daniel Alves”, declarou.

Leitores da redeGN lembraram que existem outros logradouros públicos em Juazeiro com nome de pessoas vivas, citando escolas com nomes dos ex-prefeitos Jorge Koury e Misael Aguilar e do comunicador e ex-veredaor Herbeth Mouze, todos vivos.

Nas suas redes sociais o irmão de Daniel Alves, Ney Alves se pronunciou: "Vida longa pra Você meu irmão, que Deus te abençoe te proteja e te livre das crueldades humanas. A Deus toda honra e Glória, pois foi na dor que eu hoje consigo saber de verdade quem são os verdadeiros. Te amo meu irmão cadê o @? Solta pra gente ver os comentários. Eta Deus da Gloria”, anotou.

O ex-prefeito Paulo Bomfim numa publicação do Portal ZAP escreveu: “Nunca deveria ter saído”.

“Sempre achei que a decisão de retirar a estátua (monumento) que existia em sua homenagem em Juazeiro-BA, não era correta, pois um erro cometido por qualquer pessoa não apaga tudo que fez de bom em sua vida pregressa, espero que retornem o monumento para o local de antes, com as desculpas devidas”, escreveu Osvaldo Galdino.

"E agora o que vão dizer os lacradores? E a estatua vai ser colocada de volta ao seu local de origem? Que aqueles que crucificaram Daniel Alves se pronunciem. Glória a Deus, agora aqueles lavradores façam a fila para pedir perdão a ele", escreveu outro leitor.