Governo Federal fala muito nas redes, mas não atinge quem mais precisa, aponta Indice Brasil Digital

11 de Mar / 2025 às 07h30 | Variadas

Com 167 canais oficiais de comunicação nas redes sociais, o governo federal acumulou mais de 43 milhões de seguidores, 1,2 bilhão de visualizações e 9,2 milhões de interações nos primeiros 45 dias do ano. Mas os números estão longe de alcançar as pessoas que usam serviços e dependem de programas e políticas públicas.

A conclusão é do Índice Brasil de Impacto Digital (iBR), desenvolvido para o governo pela agência de estratégia digital DSC LAB.

O índice mede o impacto e a presença digital do governo nas principais redes sociais e plataformas digitais a partir de fatores como engajamento, alcance, relevância e influência. O relatório, ao qual a coluna teve acesso na íntegra, será lançado na quinta-feira, 13.

Para mostrar a necessidade de ampliar o alcance do governo, o relatório traz comparações. O Bolsa Família, por exemplo, tem 50 milhões de beneficiários, e a Previdência Social, 39 milhões. Ou seja, os principais serviços e programas sociais têm uma base de usuários muito maior do que o alcance do governo nas redes. Outro ponto: o SUS tem 8 milhões de atendimentos diários. Em apenas cinco dias, ele atende mais pessoas do que todas as interações registradas nos canais oficiais durante o período analisado (9,2 milhões de interações em 45 dias).

A principal crítica do relatório é a ineficiência do governo em falar com a população mais carente e atingir o público de usuários de serviços governamentais. Em plena crise econômica, ministérios de serviços como Trabalho e Emprego e Previdência estão com o pior desempenho nas redes.

A análise foi feita nos primeiros 45 dias do ano, quando a aprovação de Lula começou a despencar e a crise do Pix se alastrou nas redes. O iBR apontou também para a dificuldade de reação do governo.

Estado de Minas Foto agencia brasil

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