Aquela Sanfona Branca: Benito de Paula diz que Luiz Gonzaga será sempre Rei e mais uma vez homenageado no carnaval

28 de Feb / 2025 às 16h00 | Variadas

Um dos carnavais mais tradicionais do Brasil, o de São Paulo promete desfiles memoráveis e bem disputados no Sambódromo do Anhembi a partir desta sexta-feira (28).

Em 2025, a Águia será a 1º escola a desfilar no sábado, 1º de março, pelo grupo especial com o enredo “Em Retalhos de Cetim Águia de Ouro Do Jeito Que A Vida Quer”.

Quando a Águia de Ouro e o carnavalesco André Machado encontraram o cantor Benito di Paula e propuseram que ele fosse o enredo da agremiação no carnaval de 2025, uma certa humildade do artista mudou totalmente o direcionamento do enredo: “Ele me pediu pra que não falássemos da história dele. Ele até falou que a história dele é muito sem graça”, lembra Machado, que não concorda com o diagnóstico, mas obviamente acatou o pedido. Até porque, nas palavras de André, a música de Benito “é muito fácil de transformar em alegorias e fantasias”.

Faltava, porém, amarrar de alguma forma um enredo que não seria mais biográfico. Veio, então, a ideia de dispor os elementos do desfile como se estivéssemos acompanhando o setlist de um show de Benito, que aos 82 anos liga praticamente todos os dias para o barracão da Águia de Ouro em busca de informações sobre a homenagem. Mais do que recriar a atmosfera de um show, André Machado procurou recriar a atmosfera de um show intimista:

O homenageado não só ajudou no trabalho de pesquisa como também direcionou de várias formas o enredo. A terceira alegoria, por exemplo, atende a um pedido do artista por uma homenagem ao seu grande mestre na música: Luiz Gonzaga. O Rei do Baião foi inclusive inspiração para a música “Sanfona Branca”, que baseou a alegoria sobre o artista nordestino:

“O Benito contou que um dia ficou surpreso quando viu o Gonzaga na primeira fila de um show. Ele o chamou pro palco e aí Luiz Gonzaga se ajoelhou na frente dele. Ele pediu pro Luiz Gonzaga parar e então o próprio Benito se ajoelhou diante dele. Ele pediu muito por essa homenagem”, revela André Machado.

O artista garante que Benito di Paula reconheceu todas as músicas retratadas nas fantasias sem necessidade de prévia explicação. E confia que a literalidade das letras do homenageado e dos figurinos da escola vai criar um desfile de fácil leitura. A única fantasia de interpretação menos literal é a que fala da música “Assobiar ou chupar cana”.

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