"Petrolina cresceu na economia dos ricos. Chuvas mostram a pobreza das periferias, Durante o dia sofremos alagamentos, A noite falta energia", diz morador do bairro Dom Avelar que prefere ficar no anonimato.
A REDEGN-Veja Aqui-através de diversos contatos de leitores, mostra que as chuvas que atingem Petrolina evidenciam a falta de infraestrutura e deixa ruas e avenidas alagadas. Nas proximidades do Parque Josepha Coelho, centro da cidade motoristas mostram a situação de alagamento.
"É um caos total, do centro aos bairros, mas lógico, problemas diferentes, aqui centro alaga, mas a situação bairros periféricos não se compara, muito pior".
Segundo a APAC, o acumulado dos últimos 7 dias em Petrolina chega a 70 mm.
A REDEGN também destacou que o Conselho Popular de Petrolina solicitou apoio emergencial para os trabalhadores sem teto que se encontram em áreas de risco neste período de chuvas.
Reportagem do jornalista Emerson Rocha/G1 Petrolina, destaca que a chuva que atinge Petrolina, evidencia um problema antigo enfrentado por moradores do bairro Dom Avelar que, segundo o último censo do IBGE, é o mais populoso do município, com mais de 28 mil pessoas. Quem mora na comunidade sofre com ruas alagadas, lama e dificuldade para sair de casa.
A identificadora florestal, Euneide Rodrigues, mora na rua da Amizade, com três filhos, sete gatos e cinco cachorros. Ela conta que, desde 2022, o sonho da casa própria virou um pesadelo. A água da lagoa subiu, com risco de invadir as residências.
“Na verdade, eu já não durmo há muito tempo, né? E essa madrugada eu passei muito tempo levantando da cama, eles [filhos] também se assustaram que eles estão dormindo comigo, e eu pulo da cama e eles pulam junto. Aí a gente corre para janela e vê que está chovendo, aí o desespero bate. Aí corro lá fora, vejo meus bichos, bate mais ainda”, diz Euneide.
O problema na lagoa, segundo os moradores, vai completar dois anos. Eles relatam que, na época da compra das casas, a água estava recuada e não aparentava riscos. “A gente está aqui nessa luta, nessa peleja, desde o mês de fevereiro de 2023. A gente começou a luta quando a lagoa começou a extravasar”, diz o confeiteiro Piter Pereira.
Piter explica que os moradores já recorreram ao Ministério Público, Prefeitura, mas, até o momento, nada foi feito. A comunidade pede que seja colocada uma bomba na lagoa para conter o avanço da água.
“No início de 2022, tinha uma bomba pequena da construtora. Só que depois disso, no ano de 2003, como a bomba era muito pequena, não era suficiente para tirar a água que tinha aqui, a promotora orientou o construtor a tirar a bomba para não gerar despesa, porque não estava surgindo efeito”, diz Piter.
“A gente não está pedindo favor não, a gente paga imposto, não invadimos nada, essas casas são bem caras por sinal, são 30 anos para apagar. E quando nos venderam maquiaram tudo, estava tudo bonitinho, tudo seco, fizeram maquiagem, só que agora infelizmente estamos assim. E eu digo a vocês, Deus está sendo misericordioso, porque se continuar chover forte, com mais intensidade, água vai entrar em nossas casas”, teme Euneide.
Sobre a situação na lagoa do Dom Avelar, o Secretário de serviços públicos e defesa civil de Petrolina, Alisson Oliveira, informou que a prefeitura " está adquirindo canos, bombas, para poder colocarmos aí e solucionar esse problema".
Em outros pontos do bairro, como na Avenida dos Minérios e nas ruas da Grandeza, da Fortuna e do Magnésio, a água e a lama estavam por toda a parte.
Em caso de emergência, a população pode acionar os seguintes contatos:
Defesa Civil - (87) 99132-9568
SAMU- (87) 98843- 0931
AMMPLA - (87) 99606-7339
Mais Luz - 0800 608 1022
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