Repercussão: com crise no setor de saúde prefeitos decretam estado de calamidade pública. Em Juazeiro salários atrasados

11 de Jan / 2025 às 08h04 | Variadas

Alguns prefeitos eleitos estão optando em decretar estado de calamidade pública na área da saúde devido a graves problemas herdados das gestões anteriores. O estado de emergência se caracteriza pela iminência de danos à saúde e aos serviços públicos. Entre os municípios que decretaram estado de calamidade pública na área da saúde estão Juazeiro, Ilhéus e Jacobina.

O assunto repercute nas redes sociais. A Prefeitura de Juazeiro publicou no Diário Oficial, na quinta-feira (09), o Decreto nº 054/2025, que institui a Situação de Emergência na Secretaria de Saúde, em caráter excepcional. A ação tem o objetivo de viabilizar a adoção de medidas urgentes para o atendimento da população, devido à grave situação da Atenção Básica e da sobrecarga dos serviços de média e alta complexidade, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) e a rede hospitalar.

A medida foi tomada a partir de um diagnóstico dos serviços de saúde e com base no Relatório de Transição, que aponta graves irregularidades, incluindo a insuficiência de profissionais, carência e mau funcionamento de equipamentos médicos essenciais, falta de insumos e estrutura física precária das Unidades Básicas de Saúde, Maternidade Municipal, UPA 24h e Unidade Pediátrica (UPED). A situação encontrada viola os requisitos mínimos estabelecidos pela Portaria nº 10/2017 do Ministério da Saúde e comprometem a qualidade e a continuidade do atendimento à população.

O Decreto tem validade de 30 dias e pode ter seu prazo prorrogado ou reduzido de acordo com a necessidade do atendimento à população.

A REDEGN obteve informações que médicos, enfermeiros, técnicos e motoristas, ligados SAMU, Unidades Básicas de Saúde e Upa estão sem receber salários. "Os contratados foram selecionados para receber os salários. Absurdo", disse uma fonte que a REDEGN prefere deixar sem identificação. 

Em fevereiro de 2023, a REDEGN numa reportagem especial destacou, Veja Aqui-Caos na saúde de Juazeiro, Petrolina, Vale do São Francisco e cidades da região norte: "A tendência é piorar ainda mais".

Na época o colaborador da REDEGN, jornalista Ney Vital, percorreu o setor de saúde pública de Juazeiro e Petrolina e constatou que a area da saúde já estava literalmente na Unidade de Terapia Intensiva. A reportagem da REDEGN, durante a madrugada esteve no no Hospital Universitário (Petrolina), Hospital Dom Malan (Petrolina), Hospital Regional de Juazeiro e Maternidade Infantil de Juazeiro. 

Os usuários na sua maioria, pessoas pobres e afirmavam "ser uma humilhação a situação. É falta de macas, são pacientes nos corredores, filas". A simbologia da ponte que liga Juazeiro e Petrolina, também une os problemas das duas cidades: o cidadão que necessita da prestação de serviços do setor da saúde, está sofrendo e sem atendimento e quando recebe a prestação de serviço tem que ainda esperar "a ambulância das prefeituras"

redegn Foto PMJ

© Copyright RedeGN. 2009 - 2025. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.