Adriana Amâncio é a primeira profissional do Nordeste a integrar a equipe vencedora da categoria Inovação do 6º Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, com reportagem sobre alimentação e desigualdade racial.
A jornalista pernambucana Adriana Amâncio é a primeira profissional do Nordeste a integrar a equipe vencedora da categoria Inovação do 6º Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados.
A conquista, que teve a parceria do repórter fotográfico João Veloso, veio com a reportagem visual "Caminhos da Alimentação - o que chega à mesa das mulheres negras" , produzida pela Agência de Notícias Gênero e Número, para a qual ela é correspondente na região Nordeste.
O trabalho premiado foi destacado por combinar vídeos, dados, infográficos, mapas e áudios para expor como aspectos econômicos, sociais, raciais e de gênero influenciam a alimentação. O resultado foi divulgado pela instituição organizadora no último dia 5, em Brasília, durante o evento internacional América Aberta, que debateu sobre pesquisas e uso de dados abertos na comunicação social.
Adriana destacou a importância do prêmio para sua carreira e para o jornalismo no Nordeste: "Essa reportagem visual mostra o quanto o jornalismo digital, com suas diversas linguagens, combinadas ao uso de dados, pode conectar o público com uma pauta tão complexa que é a da segurança alimentar. Esse prêmio é um divisor de águas, confirmando o potencial do jornalismo pernambucano e do Nordeste na produção de jornalismo de dados."
Para Vitória Régia da Silva, diretora de Conteúdo da Gênero e Número e coordenadora do projeto, o prêmio celebra a inovação técnica e o compromisso ético do jornalismo: "Mostrar o que chega – ou não – à mesa das mulheres negras é uma forma de denunciar as disparidades e reimaginar a equidade sem acesso à alimentação."
O prêmio é promovido pela Escola de Dados, da Open Knowledge Brasil, em parceria com a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Ele homenageia Cláudio Weber Abramo, pioneiro do jornalismo de dados no Brasil e defensor da transparência pública. Desde 2019, o prêmio reconhece reportagens que utilizam dados para abordar questões relevantes, estimulando a transparência e a publicação de metodologias no jornalismo.
Sobre Adriana Amâncio-Com 15 anos de atuação, Adriana Amâncio escreve para veículos nacionais e internacionais, como DW Brasil, UOL e Folha de São Paulo. Com experiência em cobertura de gênero e conflitos socioambientais, assinou investigações pioneiras, como a regulamentação da edição genética no Brasil.
Além do Prêmio Cláudio Weber Abramo, Amâncio já venceu o concurso "Podcast o seu conteúdo para o mundo", com o projeto Cidadãs das Águas , sobre a emancipação de mulheres no Semiárido.
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