"O quadro foi extremamente grave. Corria o risco de acontecer o pior", revela médico de Lula

16 de Dec / 2024 às 20h30 | Variadas

O médico de Luiz Inácio Lula da Silva, o cardiologista Roberto Kalil, afirmou em entrevista ao Fantástico sobre a gravidade da hemorragia que acometia o cérebro do presidente no inicio da semana. Segundo ele, o quadro era "extremamente grave" e poderia ter evoluído à óbito, caso não tivesse sido identificado.

— Foi uma situação grave. O quadro foi extremamente grave. Ele requeria obviamente, atendimento de emergência, mas sim, corria o risco de acontecer o pior — disse o médico.

A entrevista de Kalil ocorreu durante reportagem com Lula e Janja, que também relataram o medo que sentiram após tomarem conhecimento de que o presidente precisaria ser submetido a uma cirurgia no cérebro.

— Eu fiquei preocupado, porque afinal de contas a cabeça é a parte mais delicada. Eu achei que estava fora de perigo, isso é a verdade. Achei que estava fora de perigo, porque a última ressonância que eu fiz mostrava que estava diminuindo a quantidade de líquido na minha cabeça. Mas era engano meu. Eu estava tomando cuidado, eu não tomei o cuidado — disse Lula.

A hemorragia ocorreu em decorrência de uma queda que sofreu no banheiro do Palácio do Alvorada ainda em outubro. Na ocasião, teve traumatismo craniano e continuou em acompanhamento para evitar desdobramentos.

As 24 horas antes da cirurgia
Janja, por sua vez, relatou como foi a segunda-feira, antes do casal presidencial procurar atendimento médico. Segundo a primeira-dama, ele estava bem até a hora do almoço. Ela assumiu que teve medo de seu marido não sobreviver.

— Ele começou a decair durante a tarde, e aí a gente foi para o Sírio, e eu posso te dizer que aquela, depois da noite que a minha mãe faleceu, aquela foi a pior noite. Eu não sabia como a gente ia amanhecer, então foi realmente momentos angustiantes de não saber o que que ia acontecer. Mas, graças a Deus, a gente está aqui hoje, ele está bem. Eu fiquei realmente emocionada de vê-lo vestido.

Folha de Pernambuco/Paulo Pinto/Agência Brasil/fotospúblicas

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