Dialogar para construção do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica foi um dos objetivos do 3° Seminário Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica realizado neste sábado (14), como parte da programação da 15ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que acontece em Salvador até amanhã (15).
Durante a mesa de abertura, o integrante da coordenação da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), Cícero Félix, destacou: “Nesse momento estamos demarcando outro momento histórico inaugurando aqui a construção do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, com a coparticipação da sociedade civil e governo”.
O painel “Desafios e oportunidades na Construção do Plano Estadual da Agroecologia e Produção Orgânica (PLEAPO)”, contou com a participação da secretaria executiva do CNAPO, Patrícia Tavares, que apresentou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica- PLANAPO III (2024-2027), que visa a transformação dos sistemas alimentares, a partir de aspectos centrais para mudança de abordagem com Ecologia e manejo dos agroecossistemas; igualdade e justiça sistemas alimentares; dimensão cultural da alimentação e agricultora; e saúde humana.
A Secretária-executiva da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), Patrícia Tavares, destacou que o PLANAPO III tem como prioridade “o combate à fome e a má nutrição; superação de desigualdades sociais; mitigação e adaptação às mudanças climáticas”. E pode ser um exemplo para a construção do Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica da Bahia.
Olhando para o PLANAPO, o integrante da coordenação nacional do MPA, Leomárcio Araújo, frisou: “É urgente fazer a transição agroecológica nos municípios, nos estados, no mundo inteiro para que a gente assegure a nossa vida e a de outras espécies”. E apontou como um dos desafios que: “O plano ainda não traduz as pautas estratégicas para a transição agroecológica, além das dificuldades. É preciso fortalecer as organizações sociais e a incidência a partir dos Territórios”.
O coordenador institucional do Irpaa, Clérison Belém, lembrou que “o plano de Convivência com o Semiárido pode ajudar muito, pois tem diretrizes e estratégias que podem ajudar”. E provocou ainda: “A SDR não tem um plano de desenvolvimento rural. Esse plano de Agroecologia pode ser o plano rural da Bahia”.
A construção do PLEAPO vai fortalecer as ações em torno da agricultura familiar e da produção de alimentos limpos, sem o uso de agrotóxicos, no estado da Bahia, com orçamento direcionado a essas finalidades.
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