A real diferença de margens entre mercados de apostas grandes e pequenos

Mesmo quem nunca colocou um simples real em apostas esportivas sabe que, no momento de fazer um palpite, é possível apostar na vitória de um time A ou B. Já outros mercados como escanteios ou cartões não são tão populares, e até mesmo alguns usuários experientes jamais se arriscaram neles.

Mas, o que você pode estar perdendo ao ignorar completamente outras possibilidades de aposta? Ou melhor, em termos de pagamentos, há um ou outro mercado que a casa separa uma maior quantia para si? E claro, você realmente conhece bem o conceito de margem e como ela pode variar? 

Um pouco sobre a lógica dos mercados de apostas

Toda casa de apostas deve ter o famoso mercado 1x2, no qual você define se o time X ou Y vencerá, ou, ainda, se um empate pode acontecer. Geralmente, esse tipo de palpite já satisfaz muitos usuários. Mas, quem tem mais experiência e já buscou ir além do óbvio em apostas, certamente procurou por casas de apostas com mercado de escanteios ou cartões, por exemplo. Há também tipos de palpites ainda mais específicos, como o de “um escanteio acontecerá nos próximos 10 minutos”.

Como consequência, quanto mais específico um mercado é, menos competitivo ele pode ser. Assim sendo, se os usuários também não o procuram muito, os sites de apostas também passam a espelhar seu trabalho com base nisso. Em outras palavras, o trabalho para definir as odds em mercados como o de qual time ganha é bem mais aprofundado e cuidadoso. Afinal, pode ser ali que as plataformas perderão ou ganharão dinheiro.

Mas, e quanto aos apostadores mais espertinhos, que buscam oportunidades específicas? Bom, em alguns momentos, eles podem simplesmente cair em apostas sem sentido, mas, em outros, também encontram odds de altíssimo valor. Porém, as operadoras, do seu lado, também têm um plano para cada um desses casos. Em outras palavras, estas são as margens.

O que são as margens e para que servem

A explicação sobre margens de apostas é muito simples: pense em uma aposta na final entre Flamengo e Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Em seguida, pense em uma competição de críquete, em uma estatística secundária do esporte.

O primeiro tipo de evento atrairá um número muito maior de apostadores, e claro, pessoas com menos experiência, certo? A casa de apostas, do seu lado, precisa definir bem as suas odds, levando em conta diferentes fatores estatísticos e do contexto da partida. Mas, a cada odd calculada, há sempre um valor que sobra, acrescentado pela casa para garantir um certo lucro mesmo que alguém acerte uma aposta. Em outras palavras, ela “desincha” a odd um pouco, mas não pode se exceder nisso, caso contrário, pode perder competitividade no mercado.

No caso de Flamengo e Atlético-MG, o acesso a informações e dados, em conjunto com o grande número de “curiosos” fazendo apostas, se somam. Assim, as plataformas diminuem bastante a margem, pois já sabe que terão bons resultados apenas com os palpites incorretos.

Mas, e no críquete? Bom, pelo menos no Brasil, quem aposta neste esporte certamente extrapola a média do país, que sequer conhece a modalidade. Nesses mercados menos populares, a tendência é que a consciência do apostador, portanto, já esteja mais avançada. Assim sendo, o que resta, para as plataformas, é diminuir um pouco mais as odds. Assim, elas podem se defender de possíveis desvantagens. 

As margens em mercados previsíveis e em mercados imprevisíveis

Se as margens variam conforme a popularidade de um mercado, como elas se comportam quando um evento é mais ou menos previsível? O raciocínio é o mesmo: se você quer apostar em uma odd difícil de se prever, como escanteios pré-jogo, espere margens maiores. Na prática, espere que, por exemplo, uma odd que deveria ser de 1.9, seja, na verdade, de 1.8 ou até 1.7. 

No futebol, em geral, essas margens podem ficar entre 4% e 5%, mas em esportes e mercados mais imprevisíveis, podem aumentar para 6%, 7% ou até mais de 10%. Mas, e para os apostadores, o que isso significa?

Lidando com as margens em cada tipo de aposta

Para lidar bem com as margens, evitar um tipo ou outro de palpite não é o caminho certo. E, embora também seja possível calcular essas margens com base nas odds, a ideia mais praticada entre os usuários mais experientes é justamente não ficar preso a apenas uma plataforma.

Por exemplo, a partir de ferramentas que comparam odds e da presença em diferentes sites, você pode evitar margens ruins. Isso será refletido, simplesmente, no próprio valor de cada cotação. Portanto, se um site parece ter cotações ruins de maneira consistente em comparação com outros, cabe analisar melhor a situação.

Afinal, o que diminui as chances de perdas de um palpite não é exatamente qual mercado você escolhe, e sim o quão preparado você está, psicologicamente e ao nível de estratégia, para fazer movimentos friamente calculados.