Pernambuco ocupa o terceiro lugar do Brasil em número de favelas, de acordo com dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Das 12.348 comunidades identificadas no País, 849 estão localizadas no Estado.
A maior parte das favelas brasileiras, 3.123, fica em São Paulo. O Rio de Janeiro está em segundo lugar, com 1.724. Veja os números:
Estados com maior número de favelas
São Paulo - 3.123
Rio de Janeiro - 1.724
Pernambuco - 849
Pará - 723
Ceará - 702
Minas Gerais - 653
Paraná - 636
Bahia - 572
Espírito Santo - 516
Rio Grande do Sul - 481
Em relação à população vivendo em favelas, Pernambuco ocupa o sexto lugar do ranking nacional, tendo 1.091.289 dos seus 9.058.931 habitantes, o que equivale a 12%, nessa situação.
Levando em conta cor ou raça, pretos e pardos correspondem a 73,08% da população nas favelas ou aglomerados urbanos em Pernambuco. Os brancos somam 26,6%, indígenas 0,16% e amarelos 0,15%.
Estados com mais pessoas vivendo em favelas
São Paulo - 3.630.519
Rio de janeiro - 2.142.466
Pará - 1.523.608
Bahia - 1.370.262
Amazonas - 1.368.093
Pernambuco - 1.091.289
Ceará - 749.640
Minas Gerais - 739.932
Espírito Santo - 598.377
Maranhão - 503.753
Favelas de Pernambuco
Trinta e três dos 184 municípios pernambucanos declararam ter favelas. O Recife concentra a maioria: 295. Veja o úmero de favelas por cidade pernambucana:
Recife - 295
Jaboatão dos Guararapes - 132
Olinda - 66
Cabo de Santo Agostinho - 59
Paulista - 41
Caruaru - 33
Igarassu - 25
Camaragibe - 24
Moreno - 20
Paudalho - 14
Abreu e Lima - 14
Petrolina - 13
Ipojuca - 12
Escada - 11
Itamaracá - 10
São Lourenço da Mata - 9
Goiana - 8
Santa Cruz do Capibaribe - 7
Vitória de Santo Antão - 6
Belo Jardim - 6
Gravatá - 6
Araçoiaba - 5
Limoeiro - 5
Palmares - 5
Arcoverde - 4
Bezerros - 4
Timbaúba - 3
Toritama - 3
Carpina - 3
Garanhuns - 2
Itapissuma - 2
São Vicente Férrer - 1
Camutanga - 1
Brasil
O Censo 2022 encontrou 12.348 favelas e comunidades urbanas no Brasil, onde viviam 16.390.815 pessoas, o que equivalia a 8,1% da população do país. Em 2010, foram identificadas 6.329, onde residiam 11.425.644 pessoas, ou 6,0% da população do país naquele ano. Segundo o IBGE, o aumento pode ser explicado também pelo aperfeiçoamento tecnológico na operação censitária e um maior conhecimento do território, melhorando a captação das informações sobre essa população no período intercensitário.
Entre as 12.348 Favelas e Comunidades Urbanas do país, a Rocinha, no Rio de Janeiro (RJ), era a mais populosa, com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente, em Brasília (DF), com 70.908 habitantes; Paraisópolis, em São Paulo (SP), com 58.527 pessoas e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento, em Manaus (AM), com 55.821 moradores.
Entre as vinte mais populosas do país, oito estavam na Região Norte, e seis delas, no município de Manaus (AM). Outras sete estavam no Sudeste, quatro no Nordeste e somente uma (Sol Nascente) no Centro-Oeste. A Região Sul não tinha nenhuma favela entre as 20 mais populosas do país.
População das favelas é mais jovem
A população das favelas é mais jovem que a do país como um todo. A idade mediana da população do país era 35 anos e, nas Favelas e Comunidades Urbanas, 30 anos.
O índice de envelhecimento nas Favelas e Comunidades é de 45 idosos (60 anos ou mais) para cada 100 crianças de 0 a 14 anos, bem menor que o da população do país (80 idosos para cada 100 crianças). A disparidade entre os índices de envelhecimento da população total e das Favelas e Comunidade era mais intensa, respectivamente, no Sudeste (98 para 46) e no Sul (95 para 43) e menos intensa no Norte (41 para 38).
A distribuição da população por sexo nas Favelas e Comunidades Urbanas (48,3% para homens e 51,7% para mulheres) não diferiu significativamente da encontrada no conjunto do país (48,5% para homens e 51,5% para mulheres).
Favelas têm 6,5 estabelecimentos religiosos para cada escola
Entre os 958.251 estabelecimentos encontrados pelo Censo 2022 nas Favelas e Comunidades Urbanas, 7.896 eram de ensino, 2.792 eram de saúde e 50.934 eram estabelecimentos religiosos. Proporcionalmente, nas Favelas e Comunidades Urbanas, havia 18,2 estabelecimentos religiosos para cada estabelecimento de saúde e 6,5 estabelecimentos religiosos para cada estabelecimento de ensino. Vale ressaltar que do total de estabelecimentos em Favelas e Comunidades Urbanas, em 2022, 64,3% eram estabelecimentos de outras finalidades (oficinas mecânicas, bancos, farmácias, escritórios, lojas e comércio em geral etc.) e 29,1% de edificações em construção ou em reforma.
Em relação ao total de estabelecimentos do país, as favelas e comunidades concentram 8,8% dos estabelecimentos religiosos, 7,9% das edificações em construção e reforma, 3,0% dos estabelecimentos de ensino e 1,1% dos estabelecimentos de saúde.
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