Há décadas, após eleição municipal, não se ouviu falar de prefeito de Petrolina visitando Juazeiro e vice e versa. Andrei fez diferente e visitou o prefeito eleito Simão.
A política é a arte da sensatez, feita com emoção e gesto de grandeza.
Juazeiro e Petrolina, dois braços estiram, duas mãos se pegam, sob a Ponte firme, cujo destino é unir as duas cidades. Só se largavam mesmo, alguns momentos quando a ponte levantava para passar as embarcações.
O deputado federal petrolinense Osvaldo Coelho nasceu em Juazeiro. E Mauriçola que compôs o Hino do Centenário de Petrolina, é um juazeirense.
As duas cidades são duas bandas de um todo, lugar raro de místico encanto, de amor e beleza.
Em 1934, o Dr. Queiroz Teles, do Instituto Biológico, da Universidade de São Paulo, afirmava em artigo científico que "Fatores de ordem econômica e geográfica, que situarão a Manchester Brasileira de amanhã nas margens do rio São Francisco".
O sonho da 'Manchester' do Nordeste vem forte em 2024 e as duas cidades permanecerão no cenário estadual, nacional e mundial como prioridades para o desenvolvimento.
Juazeiro sempre foi uma cidade diplomática. Isto é, o Coronel Quelê, pai de Osvaldo e Nilo Coelho, tomou uma decisão irrevogável de morar em Juazeiro, por conta de um desentendimento com o Bispo Dom Malam e o padre Moura Cavalcante, em 1929.
Aconteceu que o ex prefeito Juazeirense, Aprígio Duarte, propôs um acordo diplomático, selando a paz entre eles, convencendo seu Quelê a desistir de uma ação judicial contra o padre e continuar residindo em Petrolina. Acordo feito.
Assim, é a nossa terra, calma como a Bossa Nova de João Gilberto.
E que sobre o belo rio, o maior do nordeste, duas mãos se pegam pra trazer a mensagem da união das duas cidades. Boa Sorte a Andrei e a Simão.
Henrique Rosa, advogado.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.