A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) lançou a ‘Grãos da Parahyba’, a primeira marca própria de café da Universidade. O produto foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudos em Cafeicultura (NECAF), vinculado ao Centro de Ciências Agrárias (CCA), localizado em Areia Paraíba. A solenidade que marcou o lançamento oficial do produto ocorreu no Auditório do Prédio Central do CCA, no Campus II (Areia) da UFPB, com a presença da Vice-reitora da Universidade, professora Liana Filgueira.
O principal objetivo da marca é apresentar ao público o café de alta qualidade produzido no Estado, incentivando o cultivo do grão pelos produtores rurais do Brejo paraibano e, assim, promover emprego e renda. Além disso, a exploração comercial do produto, cujo preço ainda está sendo calculado, permitirá a criação de uma cafeteria própria na região, diversificando as atividades econômicas locais.
A matéria-prima da ‘Grãos da Parahyba’ são grãos cultivados nas fazendas da instituição, por meio de experimentos com diferentes variedades de Coffea arabica, uma das principais espécies de café cultivadas no Brasil. Após a colheita e a secagem natural, esses grãos passam por um processo de beneficiamento, seleção e torra artesanal, com o objetivo de realçar o sabor e a doçura do produto final.
Atualmente, a UFPB detém o registro de 50 materiais genéticos de Coffea arabica, incluindo variedades como Arara, Catucaí 24/137, Catuaí Vermelho 144 e Catuaí Amarelo 62. Além disso, são utilizadas combinações de grãos de café para garantir a qualidade e o equilíbrio do produto final.
Segundo o professor Raphael Moreira Beirigo, do Departamento de Solos e Engenharia Rural (DSER), um dos idealizadores da iniciativa, o retorno financeiro obtido com a venda de mudas e de café é essencial para o resgate da cultura cafeeira no Brejo paraibano, onde, há mais de 100 anos, a cafeicultura praticamente desapareceu devido a pragas e falta de assistência técnica. Ele destaca também que o turismo na região de Areia poderá ser beneficiado.
"A comercialização de mudas e do café gerará recursos fundamentais para a sustentabilidade do projeto de resgate da cultura do café na Paraíba. As atividades econômicas ligadas à cadeia produtiva do café terão impacto no desenvolvimento regional, incluindo o turismo, que é uma atividade econômica e cultural importante na região", comentou o docente.
A criação da marca é também de iniciativa do professor Guilherme Silva de Podestá, do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA) do CCA. Neste projeto, ele e o professor Raphael Beirigo contaram com a colaboração de outros docentes, como Angélica de Souza Galdino Acioly, do Departamento de Design do Centro de Ciências Aplicadas e Educação (CCAE), Alexandre Eduardo de Araújo, do Departamento de Agricultura (DA) do Centro de Ciências Humanas, Sociais e Agrária (CCHSA), e Leossávio César de Souza, do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA) do CCHSA. A estudante de Design Isabelle Martins Sobral, do CCAE, participou igualmente da criação da marca, assim como a Diretoria de Proteção Intelectual da Agência UFPB de Inovação Tecnológica (Inova).
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