Sem chuvas desde maio, bombeiros tentam controlar incêndio que persiste há mais de um mês no oeste da Bahia

13 de Sep / 2024 às 21h00 | Variadas

Sem chuvas frequentes desde maio, 15 bombeiros tentam controlar chamas que persistem há mais de um mês na Serra do Cipó, na cidade de Muquém de São Francisco, no oeste da Bahia.

Ao todo, já foram mais de mil hectares consumidos pelas chamas na região, segundo apuração da TV Oeste, afiliada da TV Bahia. A área equivale a seis mil campos de futebol.

Através de imagens feitas por drones, é possível ver uma fumaça densa, que quase esconde o trabalho dos brigadistas no meio da mata.

"Aqui é uma região com a umidade do ar muito baixa e tem muito vento, então, os focos vão fazendo ilhas que vão modificando bastante durante o dia, principalmente meio dia, porque o tempo fica muito quente e seco", explicou o tenente Thieres Maltez, bombeiro militar.

Para ajudar no combate, os bombeiros montaram uma unidade móvel que fica no ponto mais perto das chamas, onde é possível chegar de carro. Imagens em tempo real orientam agentes a direcionar as equipes.

"Os próprios brigadistas não têm noção da expansão toda dessa tragédia. Isso aí é uma tragédia, então a gente consegue enviar essas imagens para eles terem uma noção dessa expansão onde o fogo está, para o lado que o fogo está indo", afirmou o técnico em informática e tecnologia da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, Renato Cabral.

Há cinco dias, 20 agentes do Prevfogo e do Corpo de Bombeiros tentam controlar as chamas na Serra da Bandeira, que fica próxima a cidade de Barreiras, no oeste da Bahia. Cerca de 60 hectares já foram consumidos pelo fogo.

Há focos de queimadas nas cidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Baianópolis e Santa Rita de Cássia. Parte da vegetação nativa de caatinga secou tanto que "virou" o que os bombeiros chamam de "combustível para o fogo".

"Em função do vento, da topografia do terreno, das condições climatológicas, o fogo pode tender para esquerda, para direita, norte, sul, e é por isso que nosso serviço de monitoramento e comunicação tem que ficar diuturnamente acompanhando essa variação do foco de incêndio florestal", explicou a tenente Ely Lima, bombeiro militar.

G1BA/Foto: Reprodução/TV Globo

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