"Vamos aguarda a decisão da Justiça Eleitoral outra vez, mas acreditamos que a vaga é do PSOL", diz membro diretoria do PSOL

06 de Sep / 2024 às 12h30 | Política

A vereadora de Petrolina Lucinha Mota (PSDB), ex-secretária estadual de Justiça e Direitos Humanos, perdeu o mandato por decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), na quinta-feira (5), por infidelidade partidária requerida pelo PSOL, sua antiga legenda. Da decisão cabe recurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Porém o questionamento é quem assume a vaga agora de vereador em Petrolina pelo PSol ? A resposta não se tem no momento e vai mais uma vez caber a Justiça Eleitoral a dcisão Detalhe: o suplente pelo PSOL seria Erivanildo Amâncio, que reclamou o direito mas já não permanece no PSOL e isto é "um nó" que terá que ser desatado.

Lucinha tinha argumentado mudança da linha programática da legenda e perseguição pessoal para justificar a desfiliação, mas o TRE não acatou e decidiu que o mandato cabe ao PSOL, partido pelo qual ela disputou a eleição em 2020. 

Os membros da Corte acompanharam o voto do relator, desembargador Edílson Nobre. Lucinha ficou na suplência nas eleições municipais de 2020. Dois anos depois, filiou-se ao PSDB para a disputa de um mandato de deputada estadual, também não se elegendo.

Já em 2023, o TRE Pernambuco cassou toda a chapa de candidatos e candidatas a vereador do partido Avante de Petrolina, que disputou a eleição de 2020, por fraude à cota de gênero. Com a nova totalização, Maria Lúcia Mota da Silva passou a figurar como eleita pelo PSOL. Ela assumiu o mandato, mas o partido passou a reivindicá-lo por infidelidade partidária.

O desembargador Edílson Nobre acolheu os argumentos da infidelidade partidária e entendeu não haver as duas causas levantadas pela vereadora como legítimas para a troca de partido: grave perseguição pessoal e mudança do programa partidário. O Ministério Público Eleitoral se posicionou na mesma linha.

No caso da grave perseguição pessoal, Lucinha levantou o fato do seu antigo partido não ter apoiado a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa para apurar um suposto desvio de conduta de agentes públicos na investigação do assassinato da filha, Beatriz, ocorrido em 2015.

A REDEGN fez contato com membro da diretoria do PSOL Petrolina e questionou a situação. "Vai depender agora do entendimento da Justiça Eleitoral e por isto vamos aguardar a decisão da Justiça.  A vaga é do PSOL e acreditamos que o nomeado será o terceiro mais votado", disse Rosalvo Antonio

Através de nota Lucia Mota declarou: "Recebi esse resultado com muita indignação, pois lutei por três anos na justiça contra uma enorme fraude na cota de gênero. Esperei que o Tribunal de Justiça de Pernambuco fosse considerar o quanto nós mulheres somos perseguidas e sofremos a exclusão de participação nas tomadas de decisões dentro dos partidos políticos para exercermos nossos direitos políticos. Fui eu que entrei na justiça para garantir a cadeira legislativa e não o partido e agora querem se beneficiar dos meus esforços e luta. Continuo acreditando que, com transparência e dedicação podemos alcançar um futuro melhor para todos. Sigo mais forte do que nunca na luta por uma oportunidade de exercer novamente o mandato e continuar trabalhando pelo crescimento de Petrolina".

 

Redação redegn Foto redes sociais

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