"A Covid-19, apesar de não ser mais uma emergência de saúde pública, ela é uma doença que segue infectando", diz Secretária do Ministério da Saúde

05 de Sep / 2024 às 20h30 | Variadas

No Brasil, um levantamento da Fiocruz mostra que os casos graves de Covid vêm crescendo, e a vacinação está abaixo do esperado. O engenheiro Pedro Lombardi passou pela pior fase da pandemia sem pegar Covid. Mas, em agosto, ela veio.

Não veio uma Covid que eu fiquei com falta de ar, que eu tive que ser internado e tal, mas veio uma gripe que eu achei mais forte que a normal”, conta.

O último boletim da Fiocruz mostra que os casos graves de Covid estão aumentando.  Nas últimas quatro semanas, a Covid foi a doença mais comum entre as síndromes respiratórias: 24,8%. Também foi a que mais matou: 44,5% dos óbitos.

Pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da USP dizem que o aumento ocorreu porque várias pessoas ainda não completaram o esquema de vacinação da Covid e muita gente do grupo prioritário não tomou a vacina atualizada.

“A atual formulação é feita exclusivamente com uma das variantes mais importantes que ainda circulam no mundo. Aqueles grupos que estão em maior risco precisam procurar imediatamente um posto de saúde e se vacinar o quanto antes. Você protege a si mesmo e aqueles mais próximos de você”, diz Luís Carlos de Souza Ferreira, pesquisador da USP.

Fazem parte dos grupos que podem tomar esse reforço agora, segundo o Ministério da Saúde, idosos com 60 anos ou mais, pessoas com imunidade reduzida e com comorbidades, gestantes, entre outros. A prioridade foi definida com base no risco: são essas as pessoas com mais chances de desenvolver formas graves da doença. Perigo que diminui muito quando a vacinação está em dia.

As doses contra a Covid também estão no calendário regular de crianças, dos 6 meses até 4 anos de idade. O Ministério da Saúde informou que distribuiu, em 2024 7,7 milhões de doses da vacina. É pouco mais de 10% do total esperado de 70 milhões. Segundo o Ministério, o restante da compra será feito até o fim de setembro. E, só depois, o governo vai definir se amplia a vacinação para outras faixas etárias.

“A Covid-19, apesar de não ser mais uma emergência de saúde pública, ela é uma doença que segue infectando, e nós seguimos com pessoas desenvolvendo doenças graves,”, afirma Ethel Maciel, da Secretária de Vigilância em Saúde/ Ministério da Saúde.
A Carmem Amália Dutra, aposentada, foi com o marido tomar o reforço. Todo mundo com a carteirinha atualizada.

“O pessoal falou que ela está voltando”, diz Carmem Amália Dutra.
 

Redação redegn com informações Fiocruz e JN

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