Mais de 50 empresários brasileiros divulgaram um manifesto em defesa de uma economia voltada para a conservação do meio ambiente.
O documento intitulado "Por um Pacto Econômico com a Natureza" afirma que a catástrofe de maio no Rio Grande do Sul e os incêndios no Pantanal tornam mais urgente a necessidade de união de esforços contra os desafios das mudanças climáticas.
A carta menciona o despreparo da nação e manifesta um compromisso de buscar saídas com a sociedade, colaborar com o Poder Executivo no combate ao desmatamento e na recuperação de áreas degradadas, contribuir com o Legislativo na criação de leis que disciplinem o licenciamento ambiental e incentivar o Judiciário na defesa do direito constitucional ao meio ambiente.
Mas o documento observa que todos os brasileiros têm a responsabilidade de repensar hábitos e processos, e que cabe à iniciativa privada acelerar a adaptação da economia brasileira à nova realidade do clima.
O documento afirma que um pacto econômico com a natureza dará impulso ao país no cenário global, que o Brasil pode gerar renda e empregos, preservar áreas verdes e transformar espaços urbanos, e que o país precisará apresentar um plano de redução de emissões de carbono em 2025, como anfitrião da cúpula global sobre crise climática.
Por fim, o documento, assinado por 52 cidadãos empresários, afirma que o empresariado e os Três Poderes precisam se unir em defesa do meio ambiente, da economia e da prosperidade da população.
"A gente tem a COP vindo aí no ano que vem. Então, é uma oportunidade sensacional para a gente conseguir se juntar e mostrar para o mundo que a gente quer liderar essa conversa globalmente. Então, nossa expectativa é que agora a gente possa desdobrar em algo concreto, em conversas com o Estado, com os Três Poderes e com a sociedade civil”, diz o empresário Pedro Bueno.
"O que nós queremos é um fórum permanente onde nós possamos discutir de forma colaborativa, de forma construtiva, as soluções para os problemas. E nós temos já um conjunto de soluções para serem apresentadas e debatidas, mas que têm que ser implementadas, porque nós precisamos entrar em modo ação", afirma o empresário Walter Schalka.
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