Poder, entre tantas coisas, consiste na capacidade de arbitrar, deliberar e exercer a autoridade, sendo que na democracia representativa ele é exercido por poucos em nome e em benefícios dos muitos, aqueles que trabalham e pagam impostos. Mas, acima desse conceito, o poder maior é do povo e significa exercer a soberania, até porque ele emana do povo e em seu nome deve ser exercido.
Então, chegamos ao poder do voto, cujo valor é imensurável, tratando-se, portanto, da maior arma produzida pela democracia, uma condição indispensável, sem a qual não poderíamos viver em liberdade.
O voto não é de quem o recebe, mas, daqueles que votam, por isso não ofereça a qualquer um: pense, reflita antes de votar.
Votar é a transferência de poder em que os muitos que votam dão aos poucos que são votados a oportunidade de lhes representar.
Quando se vota, não se faz apenas para escolher o prefeito ou prefeita e o vereador, pois, ao fazê-lo, o eleitor também está escolhendo o futuro secretário de saúde, de educação, membros dos conselhos municipais, a exemplo dos Conselhos de saúde, de educação, de cultura e de transportes, por exemplo.
Ultimamente, o poder do voto em nosso município tem servido em muito para empoderar os políticos e a política que fazem das gestões um espaço que abriga os seus familiares e amigos com o manto suntuoso tecido e costurado com o voto de cada um.
O voto pertence aos que pagam impostos e não tem saúde como um bem público.
Votamos iluminados pelos faróis da democracia e em troca recebemos como presente ruas escuras e multas a nós aplicadas em vias e estradas mal sinalizadas e muitas vezes esburacadas.
Por isso é necessário refletir: para quem serve o poder do nosso voto?
Tony Martins – Radialista e Pedagogo
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